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Notícias

26 de julho de 2012

Coleção selada pelo amor

Filatelistas são assim: apaixonam-se por selos na infância e passam os anos colecionando as pequenas preciosidades de papel
O entusiasmo por um pedacinho de papel emblemático é visível. A calma com que folheia as páginas dos álbuns demonstra o carinho e a admiração pela coleção de selos, que perdeu um pouco de espaço nos últimos anos, com o avanço da tecnologia, mas que não perdeu valor de mercado, nem o afetivo.
Filatelistas são assim: apaixonam-se pelos selos na infância e passam os anos colecionando essas pequenas preciosidades de papel. O holandês radicado em Não-Me-Toque, Hendrikus van den Mosselaar é um deles há quase 60 anos.
- Comecei quando era guri, ainda na Holanda. Meus outros dois irmãos também colecionavam. Um tempo resolvi parar e doei o que tinha. Depois, já no Brasil, comecei novamente e não parei mais.
Hoje, Mosselaar conserva uma imensa coleção, que conta com mais de 20 mil selos, com todo o carinho e cuidado. Organizados por ordem alfabética, número de série e colados com uma fita especial, para que não percam o valor, ele tem exemplares de todo o mundo.
- Os países que mais tenho selos são Brasil, Holanda e Alemanha – relata.
Como um álbum de figurinhas onde é preciso dedicação para preencher e contatos para trocar os exemplares repetidos, Mosselaar vai colecionando, também, contatos pelo mundo dos filatelistas.
- Tenho amigos de correspondência na Alemanha e na Holanda. Trocamos cartas e muitos selos. Nesta semana mesmo recebi uma correspondência com 2 kg de selos vindos da Alemanha – conta.
Para ele colecionar selos é colecionar a história do mundo.
- Todos os fatos importantes e marcantes, todas as personalidades, os momentos históricos, a fauna e a flora estão impressos nos selos. Eles são parte da história do mundo e muitas vezes servem como referência de pesquisa.
Da Holanda ele guarda o selo mais antigo da coleção, do século 19. E os mais recentes vão sendo coletados em viagens que faz, através de contatos da família e dos amigos e, principalmente, através dos correios, onde consegue adquirir todos os selos que foram lançados por ano.
- Uma pena é que menos de 25% dos selos do Brasil chegam até nosso correio em Não-Me-Toque – lamentou.
Talvez seja a dificuldade da conquista de mais alguns exemplares ou a técnica de armazenar que mais fascinam Mosselaar. Mas, com certeza, é a história do mundo em pequenos capítulos que faz com que ele não queira nunca se desfazer desse hobby tão cheio de cultura e saudosismo.

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