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Notícias

18 de dezembro de 2015

Onde está a beleza?

 

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Compartilho com vocês um texto meu que gosto muito. Ao conversar com uma senhora de 82 anos, ela contava sobre seus enfeites de natal, produzidos por ela mesma, sobre as bonecas de pano que fazia para as netinhas, contava cada detalhe com um entusiasmo espetacular, falando da beleza do gesto de fazer.
Perguntei-lhe: o que é o belo?
Ela rapidamente respondeu:
- Meu filho, belo é tudo aquilo que anda junto com a simplicidade, as coisas mais simples da vida são as mais bonitas, as mais belas.
Comecei a refletir sobre o belo, sobre aquilo que atribui beleza. Perguntei como faço para conhecer esta beleza?
Novamente respondeu:
- Está vendo aquele jardim ali fora? Fique em silêncio e observe tudo o que prevalece dele, perceba quanta vida existe ali. Note que entre as flores não há conflitos, no meio das rosas não existe angústia, muito menos ansiedade, o tempo se encarrega de fazer cada flor florir no seu tempo, sem os atropelos do dia a dia.
Cada plantinha na sua natureza, não reclama da chuva, elas a acolhem e dela retiram o essencial, assim como acolhem o sol o vento, e de tempo e tempo elas morrem, renascem. Observe uma simples semente, coloque-a na palma de sua mão, o que enxerga nela?
Respondi:
- Uma semente como outra qualquer.
Ela balançou a cabeça e voltou a dizer:
- Nesta semente você encontra a natureza, a vida. Esta semente é simples, ela nunca vai se perder, na tentativa de ser outra coisa além do que é. Ela não atropela seu tempo, querendo ser flor, ela é apenas semente, cumpre sua natureza, vivendo bem cada etapa. Guarde um segredo para você:
- A pessoa simples sempre estará mais alegre, anda de forma leve, não carrega pesos, se precisar viajar agora mesmo, não terá mil bagagens para fazer. Diferente daquele que carrega muitas malas e gasta muita energia para levar junto tudo o que acredita ter “utilidade”.
Note que nos sentimos bem ao lado de pessoas simples, pois elas se encantam com coisas menores, estão sempre sorrindo, ficam externamente felizes por qualquer presente simbólico e o mais incrível nos ensinam que nem tudo na vida precisa ter utilidade.
Permita-se refletir neste final de ano e olhar para dentro de si. Procure carregar menos peso, seja mais leve, mais simples. Queira uma coisa de cada vez, deixe os projetos futuros para o futuro, assim eles não o cegam para as coisas belas do presente.
Respirei fundo depois de ouvir, atentamente, todos estes ensinamentos e a partir desde momento procurei deixar os pesos de lado, ser mais leve e mais simples. Farei como o Padre Fábio de Melo que diz: “Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará na minha casa, quando eu menos esperar”.

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