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Notícias

20 de abril de 2018

Câmara vai contratar assessoria para orientar CPI

A Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque instaurou na segunda-feira (16), a Comissão Especial de Inquérito (CPI) que tem por finalidade investigar e apurar a responsabilidade do prefeito Armando Roos em proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo, em virtude de duas denúncias de assédio sexual, tendo como vítimas duas servidoras públicas municipais.

A Comissão solicitada pelo vereador Alberto Maurer está formada por quatro vereadores indicados pelas bancadas com representatividade Na Câmara de Vereadores: Maiquel Delano Silva (PTB), Carlos Alberto Bacher (PMDB), Alberto Maurer (PDT) e Cláudio Trentin (PP).

Em sua primeira reunião, ainda sem data definida, serão escolhidos o presidente, vice e relator. A Comissão deverá apresentar um parecer em 120 dias, prorrogável por mais sessenta dias.

O vereador Maiquel, em entrevista à rádio Ceres, disse que a Mesa Diretora deverá contratar uma assessoria jurídica para orientar os procedimento da CPI, que deve seguir a Constituição Federal.

- É algo novo para todos os vereadores e nossa preocupação é fazer tudo corretamente e até para que os envolvidos possam se defender e também para que se tome as devidas providências – afirmou.

Segundo Maiquel Delano, a CPI da Câmara tem poder administrativo e vai averiguar se teve quebra de decoro e se comprovado, encaminhado o relatório ao Ministério Público.

O vereador Cláudio Trentin (PP), está convicto de que a CPI foi montada sem base, porque ainda não houve denúncia do Ministério Público.

- É uma CPI com cunho político que visa atingir nosso prefeito. O Partido Progressista está no poder há 18 anos e conquistou mandato para 20 anos. A oposição não encontrou outra forma para derrubar o governo. Quero que a CPI investigue como vazaram documentos que corriam em segredo de Justiça e quem foi que anexou aos documentos o vídeo gravado sem o consentimento do nosso prefeito, para denunciar supostas acusações de assédio. A gravação mostra um diálogo ocorrido um ano atrás, entre duas pessoas que conversam com certa intimidade, o que, no mínimo, coloca em dúvida a acusação de assédio – afirma Trentin.

Para o vereador, as acusações são fruto de uma articulação política que visa tomar o poder, já que nunca existiu qualquer deslize administrativo ou denúncia que manchassem os governos progressistas.

- O prefeito Armando Roos colocou Não-Me-Toque entre os 50 municípios com melhores índices de gestão do Brasil e dados como este são difíceis de derrubar, então focaram para atingir sua pessoa. Não-Me-Toque tem muito a perder com pessoas que querendo chegar ao poder com esse tipo de atitude, manchando a imagem de um homem e toda a história de uma cidade destaque no Brasil como é Não-Me-Toque – afirmou.

O promotor de Justiça da comarca de Não-Me-Toque, Leandro Bonatto, em nota, disse que, no que tange ao suposto caso de assédio sexual no Executivo Municipal, é de conhecimento da Promotoria de Justiça que o caso, no âmbito criminal, está sendo tratado pela Polícia Civil, órgão investigativo responsável pela apuração de tais condutas.

A iniciativa da investigação criminal não foi do Ministério Público, uma vez que as denúncias foram efetivas perante à Delegacia de Polícia. Contudo, a competência para apreciar tal caso será do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em face do foro privilegiado.

“Ao final da investigação será formado um juízo acusatório que, em tese, de acordo com as provas produzidas, pode redundar no arquivamento do caso ou gerar uma denúncia para que o investigado responda a processo criminal perante o Poder Judiciário”, escreveu Bonatto.

Nota de Esclarecimento

Armando Carlos Roos

Armando Carlos Roos no exercício do mandato eletivo de Prefeito Municipal de Não-Me-Toque, tendo em vista as notícias veiculadas pela mídia acerca de fatos alegadamente desabonadores de uma conduta ilibada que tem pautado sua vida pessoal, profissional, comunitária e política, vem prestar os devidos esclarecimentos a população local e regional.

Inobstante esteja circulando um vídeo clandestinamente gravado, a referida conversa é absolutamente inconclusiva e não pode apontar um juízo condenatório automático como muitos desejam fazer.  A prática do mero denuncismo e a intolerância, especialmente política, tem marcado as relações sociais e conduzido a enfrentamentos de toda ordem. Tais fatos precisam e serão apurados nas instâncias legais, onde também será apresentada a versão oposta, observada a necessária justificativa e o contraditório, próprios de qualquer processo de investigação e comprovação de denúncias.  O pré-julgamento e as posições tendenciosas e convenientes a grupos políticos não podem prevalecer, sob pena de condenarmos quaisquer membros da comunidade sem avaliar com profundidade os mencionados fatos.

Por certo, o maior interessado no esclarecimento desta situação sou justamente eu, Armando Carlos Roos, pois a relação de honestidade, probidade e correção de um cidadão que vive na comunidade há mais de sete décadas, não pode ser abalada ou destruída por fatos que devem ser analisados e devidamente comprovados. A exposição abusiva do episódio tem ultrapassado o bom senso e os limites da tolerância, expondo também a própria relação social e convívio pacifico de Não-Me-Toque.

Por fim, embora esteja em discussão o fato ocorrido em relação a pessoa física do gestor, como Prefeito continuarei atuando conforme espera a comunidade que me concedeu três mandatos a frente da Administração local, comprovando a confiança e o respeito a quem trabalha permanentemente em defesa dos interesses do Município. Tudo será esclarecido no devido tempo, com o regular processo de apuração, entretanto, é preciso também respeitar as pessoas, suas famílias e seus históricos de vida.

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