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Notícias

3 de julho de 2018

Memória dos imigrantes faz conexão com nova geração

Tese desenvolvida pela antropóloga Renate Stapelborek documenta como é guardada e cultivada a memória dos imigrantes holandeses que vieram para o Brasil no período após Segunda Guerra

Renate Stapelbroek, antropóloga e candidata a doutorado pela Universidade de Tilburg (Países Baixos), tratou da imigração holandesa no Brasil

A valorização da cultura holandesa trazida pelos seus imigrantes ao Brasil e vivenciada pelos seus descendentes foi tema do Seminário promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Turismo e pela Associação Holandesa de Não-Me-Toque, na noite de 25 de junho.
O Coral Municipal brindou os participantes na abertura do evento realizado no Auditório da Prefeitura Municipal, com presença do secretário Valdir Kirst e da presidente da associação, Teodora Souilljee Lütkemeyer, que atuou como tradutora (holandês-português).
A palestrante convidada, Renate Stapelbroek, antropóloga e candidata a doutorado pela Universidade de Tilburg (Países Baixos), tratou da imigração holandesa no Brasil, em especial, no Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul, falando sobre “A formação de uma cultura de memória transacional por transmigrantes holandeses no Brasil e de Brasil (1948-2018)”.

O seminário também foi realizado no Salão de Atos da Ulbra-Carazinho, na terça-feira (26) e PUC em Porto Alegre, na quarta-feira (27), com apoio da Ulbra, Iphan, PUC RS, Prefeitura de Não-Me-Toque e Associação Holandesa.

A antropóloga ressaltou a importância da preservação da cultura histórica dos imigrantes. Um dos objetivos da sua pesquisa é enriquecer a literatura holandesa com relatos, vivências, memórias dos holandeses que um dia precisaram deixar o país de origem abalado pela Segunda Guerra, no final dos anos 40.

- Na Holanda existe pouco material científico sobre a emigração para o Brasil e também para outros países como Nova Zelândia e Austrália, por exemplo. Minha pesquisa pretende relatar como é guardada e transmitida a memória cultural e quanto isso influência na vivência em família e na comunidade onde vivem – explica Renate.

O estudo também considera holandeses que retornaram à sua pátria natal. De acordo com a antropóloga, todos guardam lembranças e objetos e sentimentos que ainda os ligam ao Brasil.

- Vemos em Não-Me-Toque muitas memórias materializadas, como o monumento do casal holandês, a casa étnica, moinho, tamanco, além da culinária, manutenção de um grupo de dança folclórica e a realização do Zeskamp, que chama muito atenção por promover a cultura através do esporte e integrando gerações – destaca.

A acadêmica de doutorado iniciou os estudos e pesquisa no ano de 2016 e já esteve em Não-Me-Toque em mais duas ocasiões, oportunidade que buscou conhecer o acervo documental, conversar com imigrantes, descendentes e visitar lugares como a Casa da Cultura. A conclusão da tese de doutorado está prevista para o ano de 2022. Até lá, Renate Stapelbroek vai publicar artigos contemplando o avanço de sua pesquisa que também considera a população das colônias no Paraná e em São Paulo.

Palestra contou com a participação de imigrantes, descendentes e pessoas da comunidade interessadas no tema

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