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Felipe entre membros da equipe Samu-Carazinho

4 de fevereiro de 2013

Voluntários estiveram em Santa Maria

Felipe entre membros da equipe Samu-Carazinho

O sinistro que chocou o Brasil e o Mundo, que entrou em todos os lares no domingo (27), comovendo a todos, teve um ingrediente humano que merece ser lembrando no contexto desta tragédia: a solidariedade.
Desde os que estavam entre as vítimas, soube-se de iniciativas heróicas. Jovens que saíram vivos e retornaram nas entranhas da Kiss para trazer outros para a vida. Foram incontáveis vezes, até exaurir suas forças, ou até que nada mais adiantasse. Teve ainda os que não conseguiram se salvar depois de salvar outros. Hoje, tem até os que se sentem culpados por terem sobrevivido, enquanto tantos sufocaram até morrer.
O sentimento solidário, a iniciativa em tentar amenizar a dor de tantos familiares e amigos das vítimas, mobilizou muita gente que estava lá e outras, como membros da equipe do Samu-Carazinho, entre eles os jovens médicos Felipe Piva e Vinicius Basegio.
- O Vinícius me convidou e eu decidi na mesma hora que iria. Foi pelo juramento médico e também porque senti vontade de ajudar de alguma forma – explicou Felipe Piva, que integra a equipe do Samu-Carazinho, da qual Vinicius Basegio é médico e coordenador.
O grupo de quatro voluntários, com ambulância cedida pela prefeitura de Almirante Tamandaré do Sul e ajuda das prefeituras de Carazinho, Não-Me-Toque e Lagoa dos Três Cantos, levou alguns medicamentos e muita solidariedade.
- O que moveu a nossa ida não foi nada mais do que isso, a vontade de estar ajudando as famílias das vítimas. Não considero isso uma qualidade nobre, que me torne uma pessoa especial, acho sim uma qualidade fundamental da nossa existência – afirmou Vinícius.
Felipe observou que a mesma atitude pode ser vista às dezenas. Muita gente circulando entre os familiares oferecendo água, algo para comer, um abraço, ou ombro amigo.
Os voluntários de Carazinho e Não-Me-Toque chegaram junto com a equipe do Samu-Rosário do Sul e lá se estabeleceram para atender as famílias que iniciariam o reconhecimento dos seus filhos e parentes. Cada reconhecimento positivo era como uma punhalada e uma enorme tristeza atingia a todos da equipe. Cada um tentava se contar ao máximo para dar suporte aos familiares. Passaram o dia inteiro atendendo, vivendo essa situação de caos. Apesar de abalados, cansados e completamente exaustos, continuaram atendendo aqueles que precisavam.
- Nosso cansaço era totalmente irrelevante mediante a irreparável perda de todas aquelas famílias – observou Vinícius.
E aguentaram até o momento em que seus corpos não tinham mais condições físicas. Só então voltaram para casa.

Importância do Samu
Felipe Piva destacou ainda a importância do trabalho do Samu na sua área de abrangência.
- Hoje Carazinho está habilitado a atender os acidentes de trânsito nesta região. A equipe formada por são 9 médicos, 5 enfermeiros, 5 técnicos e 5 condutores tem o treinamento e os equipamentos para prestar o atendimento correto e preciso, basta ligar para o 192 – destaca o jovem médico.
Quem liga para o 192 é atendido por uma central que faz as perguntas do protocolo e encaminha o atendimento da unidade mais próxima. Trotes dão cadeia.
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TAGS: felipe piva, samu

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