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Notícias

Domingo entre relíquias que ainda cruzam as estradas e enfeitam as ruas

15 de fevereiro de 2013

Carros antigos: uma paixão que aproxima

Domingo entre relíquias que ainda cruzam as estradas e enfeitam as ruas

3º Encontro de Carros Antigos reuniu mais de 90 expositores

Resgatar parte da história automobilística mundial pode até fazer parte dos inúmeros motivos desses apaixonados por carros antigos que estiveram presentes no evento, mas certamente não é o principal. Dirigir máquinas que fizeram a cabeça de homens e mulheres dos anos 50, 60 ou 70 é mais que um capricho, se tornou uma paixão, e esse sentimento de amor às máquinas foi o responsável por unir dezenas de pessoas na praça central de Não-Me-Toque, no domingo (10), com início às 9 horas. O evento se estendeu até às 17 horas sendo interrompido pela tão esperada chuva.
Os mais de 90 veículos estacionados ao redor e também dentro da praça Dr. Otto Schmiedt chamaram a atenção de muita gente que passou por ali e fez várias outras saírem de casa para conhecer um pedaço da história que, se depender dos proprietários e dos apaixonados que sempre acompanham, jamais será esquecida.
Fernando Nosé, um dos padrinhos do Clube Não-me-toquense de Automobilismo mostrou otimismo ao lembrar que a terceira edição do evento não dobrou o número de público, mas ressalta que o foco não é esse e sim de trazer mais participantes. Um desses participantes foi Pedro Augustin, que levou seu Ford 29 modelo A, e que chamou atenção no evento.
A primeira realização do evento, em 2011, foi um sucesso e superou a expectativa de público, além de ter contado com 85 carros antigos para exposição. Em 2012 bateu o recorde por ter mais de 135 carros, e este ano teve mais de 90 expositores, em pleno final de semana de carnaval.
- O encontro foi ótimo. Podemos não ter dobrado o número de participantes, mas multiplicamos a qualidade do evento graças ao empenho de todos os membros do CNA – comentou Nosé.
O maior orgulho dos organizadores é poder reunir raridades e ver que muitas pessoas acreditaram no evento. Para o ano que vem o grupo promete mais mudanças, comenta Mauro Gehlen, integrante da diretoria do CNA:
- Temos vários carros antigos com o emplacamento preto, que representa mais de 85% de originalidade. O bacana de eventos como esse, que organizamos e prestigiamos em outras cidades, é poder ver carros em perfeita conservação, que são verdadeiras relíquias e que há alguns anos não valiam muito, mas hoje renderiam fortunas. São carros que chamam a atenção de todas as gerações.
Este ano o evento teve um atrativo a mais, Vanderlei Johann levou seus três carros adaptados para a competição Cavalo de Aço, fez manobras que levaram todo o público que estava no evento parar o que estava fazendo para apreciar sua habilidade nas manobras arriscadas.
Para o presidente do clube, Mário Stedile, eventos como este são uma boa oportunidade para que proprietários possam exibir seus carros de maneira segura, além de proporcionar a visitação para aqueles que gostam de apreciar as relíquias de quatro rodas.
Os organizadores também premiaram carros destaques, como os que vieram rodando do lugar mais distante, além dos melhores de cada década. O público contou ainda com sonorização e praça de alimentação.

Amantes do Fusquinha
Entre os participantes estavam grupos de diversas cidades, entre elas: Ijuí, Marau, Sarandi, Carazinho, Colorado, Nova Prata, Passo Fundo e muito outros. Alias, foi da terra do Teixeirinha que um grupo já de cabelos brancos trouxe uma comitiva de Fuscas, o carro mais vendido do mundo.
Jorge Theis é um dos fusqueiros apaixonado por sua máquina. Exibindo com orgulho seu modelo 69 original, um dos destaques do evento, lembrou sua paixão pelo inseparável veículo.
- Com ele já fui a encontros no Uruguai, na Argentina e em diversos lugares do país. Tenho mais dois em casa e só tenho a dizer que para gostar de carro antigo não é preciso investir muito. Pego como exemplo o Fusca, que é um carro barato, e que ainda tem peças baratas e em qualquer esquina.  De Fusca tu não ficas na mão - afirma.
Fascínio é, com certeza, uma das características desses homens e mulheres que se dispõe a pegar a estrada com sua caranga amada. Mais do que prazer os quilômetros de estrada lhes proporcionam sentimentos que valem muito mais que qualquer peça de museu: a amizade.
João Alberto dal Bianco defende a ideia de que hoje em dia é muito complicado lidar com os novos modelos de carros, afinal, tudo funciona eletronicamente.
- Quando saio com meu Fusca é só levar um alicate, uma chave de fenda e um pedaço de ferro. Seja qual for o problema eu não vou ficar na mão – argumenta.
Rafael Kilpp, um dos integrantes do grupo não-me-toquense também trouxe o seu Fusca “Solitário Surfista” de 1975, além da romântica lambreta marca PP-TORK, 90 cilindradas, de 1981, que é de seu amigo Vitor, mas que não pôde comparecer no evento.
- Quando fazemos parte de grupos que unem pessoas em torno de algo em comum, fazemos amizades que jamais imaginaríamos, conquistamos companheiros para a vida toda – constata Rafael Kilpp.
O amigo Marcos Gazzoli, também integrante do grupo “Passo Fundo Volks Jam”, entra na conversa e logo solta a melhor frase da tarde:
- Fusqueiro se define assim: a maioria é louco e todo mundo entende um pouco – declama sorrindo.

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