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Notícias

4 de março de 2013

Não será o fim dos pedágios

Helaine Gnoatto Zart

O ato público que está sendo preparado para marcar o fim do contrato de concessão com a empresa que explora o pedágio na BR 386, em Carazinho, não passa de um ato político que tem o propósito de ganhar a simpatia da opinião pública. É fácil atender o povo quando o governo não tem que abrir o caixa do Estado, especialmente porque este está falido, não consegue investir em nenhuma frente, a não ser em benefício para aliados com o único propósito de construir alianças para vencer as eleições de 2014.
Fraco em ações e em popularidade, o governo de Tarso Genro está vendendo a falsa informação de que os pedágios vão acabar. Tanto não é verdade que o próprio Governo do Estado criou a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), já emplacou presidente e outros cargos gastando por conta do que vai faturar nos polos de pedágio das rodovias estaduais. O assunto em discussão é quanto vão cobrar de tarifa par manter as rodovias, não para fazer os investimentos tão necessários, como as duplicações. Seguindo práticas conhecidas, nos governos, primeiro se paga o salários – os maiores são para a companheirada. Depois, se atende o Poder Judiciário, com sua sede de reajuste e crescentes necessidades. O povo que espere.
As lideranças que se aliaram aos preparativos para o dia 6 de março, com vigília, foguetório e abertura solene das cancelas, passaram no teste de massa de manobra política. Ou então defendem interesses comuns. É difícil imaginar que o Governo Federal vá deixar as cancelas abertas por muito tempo, sem contratar empresas para continuar realizando a cobrança e tapar os buracos no asfalto nas rodovias federais. A União já mostrou que tem conhecimento da importância da infraestrutura logística do país e recentemente anunciou programa que visa trazer a iniciativa privada para investir.
Quem lembra como era trafegar nas estradas há 20 anos sabe que o governo é incompetente na prestação deste serviço. Está aí o Daer para comprovar, com suas máquinas sucateadas e a gestão inoperante, enredado na promiscuidade das relações com as empreiteiras contratadas para realizar obras ou para a simples manutenção das estradas. Seria oportuno perguntar quantos quilômetros de estradas o governo de Tarso Genro executou nestes dois anos e dois meses de mandato.
Parece fácil enganar os motoristas que gastam quase o mesmo valor em pedágios e combustível para trafegar pelas estradas gaúchas. Mas os motoristas, os proprietários de veículos de empresas e de transporte sabem que a cobrança é abusiva, porque já está embutida na CIDE, descontada cada vez que alguém abastece o veículo, independente se usar ou não as estradas. Esse é o verdadeiro motivo da insatisfação. Já que a festança preparada para o dia 6 foi frustrada pela decisão da Justiça de manter o direito de explorar o contrato até dezembro, bom seria ver concessionárias e governos investindo de verdade nas estradas.

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