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As tendências para a economia brasileira e mundial e as perspectivas da produção foram abordados no Fórum

5 de março de 2013

Desafios e tendências da soja em debate na Expodireto Cotrijal

As tendências para a economia brasileira e mundial e as perspectivas da produção foram abordados no Fórum

As perspectivas, desafios e oportunidades da soja transgênica Intacta; as tendências para a economia brasileira e mundial e as perspectivas da produção, dos mercados e dos preços da soja foram os temas debatidos por especialistas e pesquisadores no 24º Fórum Nacional da Soja, realizado nesta terça-feira, na 14ª Edição da Expodireto Cotrijal.
O primeiro, foi abordado pelo coordenador técnico da CCGL-TEC, o pesquisador José Ruedell. Segundo ele, o Brasil já é o segundo maior país do mundo em área de produtos transgênicos, atingindo a 36,6 milhões de hectares. Em termos de produto, a soja transgênica representa hoje 81% do total mundial produzido desta oleaginosa.

- Embora estejamos em segundo lugar, atrás dos Estados Unidos, o crescimento tem sido na média de 24% ao ano -, afirmou.
Segundo ele, com os produtos oriundos da biotecnologia (soja, milho e algodão transgênicos) o mundo ocupa 487,6 milhões de hectares. Na falta dessa solução tecnológica, para produzir a mesma quantidade o mundo precisaria de 540,7 milhões de hectares, ou seja, 53,1 milhões de hectares a mais para produzir a mesma quantidade desses produtos.
Quanto a Soja Intacta RR2 PRO, Ruedell adiantou que estudos revelam que essa tecnologia pode representar, de uma só vez, um avanço equivalente de seis a oito anos para a cultura da soja, dependendo da região do país.
A Intacta conta com um avanço considerável em três frentes: proteção contra lagartas; tolerância ao herbicida glifosato e significativo aumento de produtividade.

-  É o produtor que deve decidir se vale a pena ou não, optar por esse novo produto. Até porque a China, maior importador mundial de soja, ainda não aprovou o uso desta nova soja transgênica. E sem esse mercado, a tendência de seu desenvolvimento comercial ficaria comprometida -, explicou.
A segunda palestra foi proferida pelo professor de pós graduação em Economia e Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marcelo Savino Portugal. Ele projeta um crescimento de 3% no PIB brasileiro em 2013.
- A economia mundial não irá mudar em relação a 2012. Já a União Europeia continuará em recessão, a China ainda com um crescimento baixo para seus padrões históricos e os EUA com um avanço tímido de 2% no máximo -, adiantou.
Conforme Portugal, a indústria deve apresentar o menor crescimento entre os setores pesquisados, os serviços devem se manter estáveis e, o PIB agropecuário, “deve dar um salto” em relação a 2012, quando foi verificada uma queda de 2,3%.
Quanto a produção, especialmente no Rio Grande do Sul, ele acredita que a cultura deve ser influência no bom desempenho previsto para o PIB gaúcho em 2013. O Estado deve ter um crescimento de quase 6% esse ano. Quanto aos preços da soja, o economista acredita que não devem apresentar altas muito expressivas em 2013, principalmente em função do cenário de crise na economia mundial.
A palestra final esteve a cargo do sócio-diretor da Agroconsult, André Pessoa. Segundo ele, o mercado mundial da soja continua em desequilíbrio, com estoques baixos diante de uma demanda alta. Nesse contexto, o patamar de preços se mantém elevado. Auxilia nessa tendência o fato de que a demanda mundial deve continuar crescendo em favor de produtos industrializados.
No curto prazo, os EUA e a Argentina, neste ano 2012/13, não conseguiram obter a safra inicialmente esperada, embora o Brasil esteja apontando para uma safra recorde.
Em termos de Brasil, todavia, o quadro poderá ser mais severo já nesta safra em razão dos grandes problemas de logística. “Nossos portos não conseguem escoar a soja na cadência necessária. A situação nesse aspecto é tão séria que não se trata mais de saber quanto o Brasil produzirá de soja, mas sim de quanto ele irá conseguir embarcar”, avaliou.
Ele finalizou dizendo que “o futuro pode ser promissor, porém, depende do equacionamento estrutural de enormes gargalos que ainda persistem no país e que não estão sendo suficientemente atacados pelo poder público. Essa realidade já supera uma década”.
Prêmio - O superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Silva Lopes, recebeu o prêmio Personalidade do Fórum Nacional da Soja. A entrega ocorreu durante a 24ª edição do evento, que integra a programação da Expodireto Cotrijal de Não-Me-Toque. As ações de Lopes garantiram a operacionalidade e eficiência do escoamento dos granéis agrícolas através do porto gaúcho.

TAGS: soja, expodireto

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