Passo Fundo/RS: Tempo nublado
Carazinho/RS: Chuvas esparsas
Passo Fundo/RS: Tempo nublado
Carazinho/RS: Chuvas esparsas

Notícias

Modernizado, Porto de Rio Grande está servindo de alternativa para embarque da produção recorde de grãos

9 de abril de 2013

Rio Grande é opção para escoar supersafra

Modernizado, Porto de Rio Grande está servindo de alternativa para embarque da produção recorde de grãos

Gargalos em infraestrutura devem levar embarques de grãos em porto gaúcho a superar os 11 milhões de toneladas

A supersafra de grãos, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 185 milhões de toneladas, e as carências de infraestrutura nas rodovias de acesso a Santos e Paranaguá determinam o aumento da procura por embarques no porto de Rio Grande. Até o momento, cerca de 400 mil toneladas de grãos - 300 mil toneladas do Paraná e do Mato Grosso de Sul - já deixaram o Estado por este modal. A perspectiva é de que o volume supere os 11 milhões de toneladas até o início de junho, aumento de 63% sobre a safra cheia de 2010, quando foram embarcados 7 milhões de toneladas.

Uma das explicações para o aquecimento é a dificuldade encontrada especialmente pelos transportadores da soja oriunda do Centro-Oeste em acessar duas das principais zonas portuárias brasileiras em São Paulo e no Paraná. Em Santos, por exemplo, onde a expectativa era de 37 milhões de toneladas de grãos, ou cerca de 20% de toda a produção, ampliou-se em 4 mil a quantidade de caminhões que circulam, diariamente, pelo munícipio. A frota atual supera, inclusive, a capacidade de estacionamento nos terminais graneleiros, o que já gerou congestionamentos de 27 quilômetros nos acessos durante as três últimas semanas.

Por isso, o porto de Rio Grande surge como a principal alternativa. O primeiro navio, destinado à China, carregado com 63 mil toneladas de soja, deixou o complexo Termasa/Tergrasa na primeira quinzena de março. A origem do grão era, justamente, o Paraná - estado-sede do porto de Paranaguá e que enfrenta problemas similares aos de Santos.

O movimento tem se repetido, conforme explica o superintendente do porto gaúcho, Dirceu Lopes. Com cerca de 20% da safra de soja do Estado (estimada em 12 milhões de toneladas) já colhida, o terminal passou a receber também os grãos do Interior do Estado. E o fluxo extra de caminhões nas duas semanas passadas atingiu 10 mil veículos.

O superintendente já calcula que o excedente de soja oriunda do Paraná e do Mato Grosso do Sul supere 2 milhões de toneladas, elevando para 11 milhões a projeção inicial do plano safra.  No entanto, obras em 130 quilômetros da BR-158 (entre Palmeira das Missões e Santa Maria) e nos 60 quilômetros de duplicação da BR-392 (entre Pelotas e Rio Grande) que poderiam colocar em xeque a capacidade do porto rio-grandino não têm demonstrado maiores empecilhos. Mesmo com média de cinco caminhões por minuto na rodovia de acesso, os congestionamentos ficam restritos a apenas três trechos.

Por isso, Lopes explica que foram tomadas medidas adicionais para absorver a demanda. Entre elas, a ampliação do pátio de estacionamento, a orientação de chegada no contrafluxo de saída dos 6 mil veículos do polo naval, além de abertura de estradas internas alternativas para o ingresso. “O problema não é do porto, e, sim, do portão para fora. Nossa preocupação é em agilizar os processos extras-porto para assegurar a segurança e a agilidade, até porque a estrada é multiúso. Acredito que, com o trabalho conjunto entre Polícia Rodoviária Federal, ministérios e Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), conseguiremos manter o fluxo contínuo e planejado de cargas”, defende.

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir