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Notícias

12 de abril de 2013

O mundo que eu quero

Charles Manolo de Morais

Acadêmico de Filosofia, presidente da JCI Não-Me-Toque

 Certo dia deparei- me com esta questão: que mundo quero? Qual meu ideal de cidade? Qual meu ideal de liderança? Qual meu ideal de vida? São tantos ideais que queremos, mas sabemos que não existe ideal em tudo, ou pelo menos em algumas áreas.

Mesmo assim, me revolto, canso de ver a mesmice nas pessoas e em suas atitudes.

Nosso viver é como um copo, colocamos a quantidade de água que queremos nele, porém nenhuma gota a mais, nenhuma gota a menos do que a borda!

Entendo que é preciso transbordar ir além da borda, é preciso soltar as amarras que nos detêm, que nos aprisionam.

Vivemos numa sociedade de rótulos.

O fulano estuda isso - já imaginamos algo dele.

O fulano mora numa vila - já deduzimos suas atitudes e criarmos seus pensamentos.

E o que mais me deixa aborrecido é a falta de humanidade em pessoas que se sentem semideuses e tentam projetar a capacidade dos outros. Olha, fulano estudou em tal escola, com certeza ele não tem capacidade.

A capacidade de dedução, que cega as pessoas, é uma síndrome que se alastra.

Posso ser um idealista, mas acredito num mundo, onde gente é mais gente.

Onde classe social não é rotulo.

Onde caráter é mais válido que cartão de crédito.

Onde as pessoas tenham um ideal de vida, um objetivo e lutam diariamente por ele.

Onde cada um tivesse uma causa para lutar. Seria incrível existir vida na vida. Sangue nas veias, atitudes no dia a dia, existir uma causa maior que nossas fraquezas e que nossos medos, um sonho que nos movesse com todas as forças para a realização do que buscamos.

Mais argumentos do que opiniões.

Mais sentidos nas palavras.

Mais atitude nos líderes, mais audácia aos jovens.

Um mundo onde as pessoas não perguntam como você está se sentindo, mas sim o que você esta pensando? Isso me interessa: pensamentos e idéias.

Porque afinal nos tornamos aquilo que pensamos.

As pessoas não pensam mais, elas sentem.

Utopia de vida? Utopia de mundo? Quem sabe. Mas levo comigo poder viver isso um dia. Enquanto não é real, vivo esse mundo nos livros, na busca do conhecimento e na certeza que a cada dia, aprendo um pouco a mais. Na certeza de que todos somos seres incompletos e inacabados. Afinal, construção de nós mesmos é um trabalho eterno.

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