29 de abril de 2013

Foi bom para mim...

Margarete Bin
Colunista

Sei de várias situações de colegas de aula que depois de anos distantes se reencontraram, alguns inclusive gravaram numa árvore uma data para isso, outros procuram na internet por contato de antigos amigos e há ainda as pessoas que por coincidência se deparam com aqueles que não veem há anos. Foi o que aconteceu comigo no final da semana passada. Fui fazer um curso em Rio do Sul-SC e o micro-ônibus havia passado por várias cidades antes de chegar a Carazinho onde eu o estava esperando. Depois de uns minutos na viagem, o veículo fez uma breve parada para um lanche e quando os passageiros retornaram vi que uma moça que estava sentada mais para frente olhou em minha direção e disse: Não! Como é teu nome?
Eu olhei para trás pensando que a pergunta não se dirigia a mim, mas como não tinha ninguém ali perto, perguntei: Eu? Ela fez que sim movimentando a cabeça e então respondi meu nome. Na hora ela disse: Roxa!
Pronto, meu antigo apelido estava revelado e assim em público, eu, ela, e mais trezes pessoas que estavam retornando assistiram a cena. Claro que era alguém que me conhecia e há muito tempo, pois minha identidade secreta era secreta mesmo.
Prova de que realmente tenho meu lado auditivo aflorado é a de que reconheci a voz dela, mas seu perfil não tinha nada a ver com aquele que conhecia há tempos, mais ou menos 18 anos.
Foi emocionante revê-la! Ficamos no mesmo hotel durante o curso e assim pudemos conversar um bom tempo antes de dormir. E aí rolou aqueles papos de reencontro: família, outras antigas colegas onde andariam, trabalho e por aí foi...
Posso dizer que além do aprendizado adquirido no curso encontrei a amiga Adri (conterrânea da Gisele Bündchen) que é pura energia, me diverti muito com ela, afinal amigos nos fazem felizes e em homenagem a ela que é uma apaixonada por Fernando Pessoa aí vai: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
O mundo é que é pequeno e fez nos reencontrar!

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