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Notícias

3 de maio de 2013

Interpretar os pequenos acasos

Charles Manolo Morais
Acadêmico de Filosofia
Presidente da JCI Não-Me-Toque

Todo o ser humano tem desejos e vícios. Desejamos poder, desejamos felicidade, desejamos ser alguém, desejamos ser melhor.
Quando alcançamos o que desejamos, todo aquele fervor de desejar desaparece em muitos. Aquela vontade imensa de conseguir, parece não ter mais sentido. Eis a estabilização, a trava, o congelamento, o sossego.
A não vivência de desafios congela a alma de qualquer pessoa. Nossa alma é inquieta, precisa de movimento, precisa de estímulos, não podemos ofuscá-la, por estabilidade.
No decorrer da vida, vamos aceitando o mais fácil para não termos que fazer esforço e, aos poucos, vamos aniquilando nossa alma. É necessário dar vida à alma. É necessário deixá-la gritar quando estiver feliz, e quando estiver triste, é necessário poder alimentar nosso eu interior.
Quando nos distanciamos de nossa alma, quando maquiamos aquilo que nosso eu quer, logo começa aparecer os resultados no corpo. As doenças do corpo são originadas na alma.
Uma vida sem desafios não tem gosto, não tem cor.
O que você mais deseja e não consegue encontrar em nada do que vive?
Quando bate um desconforto, pergunta o que isso tem a ver contigo?
Quando bate uma indignação, uma vontade de mudar o mundo, pergunta o que isso tem a ver contigo? Qual o significado desta sensação?
Para melhorar nossa percepção de mundo, nossa satisfação com a vida, é preciso interpretar os fatos, aprender a observar as pequenas coisas da vida. Nosso dia a dia é repleto de sinais.
Os picos da vida servem para nos fazer interpretar o que a vida quer nos mostrar, o que nossa alma tanto procura. A interpretação é o caminho mais curto da descoberta de si mesmo.
Recomendo um encontro consigo mesmo, poder pelo menos uma vez na vida ocupar-se de si mesmo, dedicar um tempo para si.
Questionar e interpretar os acasos, as respostas, as perguntas, aquilo que queremos já está ao nosso lado, porque não enxergarmos?
É tão difícil compreender o que está em nosso viver, de quantas crises são feitas nossa vida? Crises no amor, crises no trabalho, crises nas escolhas, crise financeira, crise na saúde. Vivenciar qualquer crise faz parte da caminhada.
Já dizia Einstein: “A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas”. Através dela encontramos progresso, deixamos nascer a criatividade.
Acordemos e saibamos identificar os acasos da vida, as crises e o que nos traz significados. Temos muitas oportunidades ao nosso lado, podemos ser a mudança que queremos no mundo. Não deixemos nossa vida virar rotina, e não deixemos nossa rotina se transformar em contínua agonia.
Afinal, se cada dia em si é diferente, porque o vivemos de forma igual?

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