27 de maio de 2013

Medicina estética ganha popularidade

Benefícios e facilidades de acesso fazem crescer a procura pela área que contribui para o bem estar das pessoas

O aumento na expectativa de vida da população trouxe consigo a procura por envelhecer sem adoecer e também por retardar e atenuar os sinais do tempo, estimulando pesquisas e criação de novas tecnologias em várias áreas da medicina, principalmente na área da estética. Essa nova área da medicina vem sendo cada vez mais procurada por pessoas de todas as idades e classes sociais. O acesso a todos também se dá pela disponibilidade de profissionais na área.

De acordo com a médica esteta Cristina Dornelles, a Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua a saúde como sendo um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não tão somente a ausência de doenças. O impacto que a solução ou melhora de algo considerado meramente inestético pode ter na vida de alguém que se sente incomodado, é algo surpreendente. Muitas vezes procedimentos considerados relativamente simples podem fazer com que a pessoa venha a sentir-se bem com sua aparência, e isso se traduz em saúde.
Nesta entrevista, a médica fala sobre sua formação e os benefícios da medicina estética.

A FOLHA - Como ocorreu tua escolha pela pós em Medicina Estética?
Dra. CRISTINA - Após seis anos atuando como médica patologista e distante do meio acadêmico, senti necessidade de voltar a estudar, de encarar um novo desafio. Tomei conhecimento da pós-graduação em medicina estética e achei que seria perfeito, já que a área sempre me pareceu muito atrativa, porém não imaginava que durante o curso me apaixonaria tanto pela
área e que ela me traria tanta satisfação profissional.

Quais os tipos de atendimento que estás habilitada e equipada para proceder?
Entre os vários tratamentos oferecidos pela clínica, podemos citar a aplicação de toxina botulínica, o preenchimento de rugas e sulcos, os peelings químicos (superficial e médio), a intradermoterapia, a bioplastia, a escleroterapia, a carboxiterapia, o microagulhamento, os tratamentos com lasers e luz intensa pulsada, a radiofrequência, entre
outros.

Existe idade mínima para um procedimento estético?
De modo geral não existe idade mínima para que um procedimento estético seja realizado , o que deve existir é o bom senso do profissional em avaliar cuidadosamente as particularidades de cada caso e a real necessidade da realização de cada procedimento, independentemente da idade. Em termos gerais os sinais do envelhecimento começam a se tornar mais evidentes a partir dos 30 anos e a procura por tratamentos estéticos cresce exponencialmente ao avançar de cada década. Vale lembrar que a prevenção bem como o início precoce dos tratamentos são proporcionais ao sucesso dos resultados e satisfação dos pacientes.

Apesar do avanço da medicina estética, ainda valem os velhos conselhos da proteção da pele contra o sol em excesso e o uso de cremes para retardar o envelhecimento?
A proteção solar diária realizada de maneira correta é a principal arma no combate ao envelhecimento cutâneo e aos tumores de pele e está presente em todos os protocolos de tratamentos estéticos, mas deve ser bem orientada a fim de que traga um benefício real e não a ilusão de estar protegido. Quanto ao uso das fórmulas de uso domiciliar, prescritas de maneira individualizada, estas são indispensáveis para a manutenção de tratamentos já realizados. São poderosas coadjuvantes em vários procedimentos realizados em consultório e por si só são capazes de estimular a produção de colágeno, desacelerando o processo de envelhecimento cutâneo.

Quais as vantagens de se procurar um profissional médico para procedimentos estéticos?
As vantagens de um profissional médico realizar estes procedimentos são que este possui um entendimento global dos fatores envolvidos na causa do problema a ser tratado e em como determinado tratamento atua, o que envolve conhecimentos anatômicos, fisiológicos, histológicos, farmacológicos, etc, e principalmente, está capacitado e habilitado a tratar possíveis efeitos colaterais e complicações que possam ocorrer durante ou após os procedimentos realizados.

Cristina Dornelles

- Médica formada pela Universidade de Passo Fundo em 2000, médica residente em pediatria no Hospital São Vicente de Paulo (Passo Fundo) em 2001 e 2002, médica residente em patologia na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (2003 a 2006), médica patologista e sócia do laboratório de patologia ICAP (2006 – 2013) e médica patologista do laboratório de patologia do Hospital Geral (2009 -2012), ambos em Caxias do Sul, pós-graduada em Medicina Estética pelo ISBRAE (Porto Alegre) em 2012, médica esteta na clínica de Medicina e Estética Dra. Cristina Dornelles, em Caxias do Sul, recém-inaugurada.

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