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Notícias

3 de julho de 2013

Gilson ameaça deixar de investir em Não-Me-Toque

Empresa está concluindo terraplenagem para iniciar construção da fábrica de tratores

 Para pressionar governos, diretor-presidente da Stara ameaça investir os R$ 250 milhões da fábrica de tratores em outro estado

Depois de desfazer o acordo com a empresa da Argentina para fabricar tratores no Brasil e naquele País, firmando parceria com uma empresa italiana, o diretor-presidente da Stara, Gilson Trennepohl declarou nesta terça-feira (2) que pode repensar a decisão de construir em Não-Me-Toque.

O empresário manifestou seu descontente pela falta de investimentos públicos em obras de infraestrutura que são essenciais para as obras que vem realizando, tanto da nova fábrica de tratores como da ampliação e melhorias da unidade instalada em Não-Me-Toque. Neste momento, a Stara está pavimentando o pátio da nova entrada dos funcionários, onde está construindo um prédio para o refeitório. A Stara aguarda a construção de um trevo na RS 332 e a instalação da rede que leva a água até o loteamento que vai oferecer 165 terrenos.

- As coisas não andam. A Corsan e a Prefeitura não trazem a água até o bairro para testarmos a rede de água que já está instalada. Se a gente colocar o asfalto e houver algum vazamento vamos ter retrabalho. Já pagamos a empresa para colocar asfalto nas ruas do loteamento – declarou Gilson Trennepohl na rádio Ceres.

Empresário exige investimentos públicos e cobra dos gestores do Estado e do Município

O diretor-presidente da Stara afirmou que algumas medidas fundamentais para a ampliação da indústria são cobradas há dois anos do governo gaúcho. Ele destaca que para a instalação da fábrica de tratores foi prometida a construção de um trevo de acesso à unidade, na estrada que liga o município a Lagoa dos Três Cantos, além do aterramento da área de 60 mil m², onde está previsto o investimento. O diretor relata que a empresa teve de arcar com estas despesas para dar andamento aos negócios.

- Já estamos aprontando o asfalto no pátio do nosso novo acesso e até agora o Estado não teve nenhuma iniciativa em relação ao trevo. Isso vai tirando nossa vontade de investir cem por cento em Não-Me-Toque, o que já está acontecendo – destacou anunciando a compra de uma empresa em Santa Rosa, onde já trabalham 200 funcionários.

Para ampliar os negócios em Santa Rosa, o prefeito daquela cidade ofereceu uma área de 14 hectares, para onde a Stara vai levar parte da produção e o faturamento depois de construir um pavilhão.

- Lamento que NMT vai perder esta arrecadação, mas é porque falta empenho do nosso pessoal em resolver o problema. Aqui a resposta é sempre não dá, não é possível, não vai, não tem dinheiro, enquanto que na primeira audiência com o prefeito de Santa Rosa já ganhamos 14 hectares onde vamos poder construir a nova unidade – enfatizou.

Gilson enfatizou que está preocupado com o futuro e diante do atual quadro poderão deixar o terreno nivelado e partir para investir em outro lugar. Para isso não faltam candidatos e a empresa pode transferir os investimentos do Rio Grande do Sul até o fim do mês. A imprensa da capital noticiou que a região Centro-Oeste do país é uma das mais cogitadas pela empresa, que caso confirme a transferência, vai deixar apenas 30% da produção atual no Estado.

Com 2.800 funcionários e faturamento de mais de R$ 1 bilhão por ano, a participação da Stara no retorno do ICMS ao município atualmente representa 50%.

- Quando a gente pede um trevo, eles tem que ir atrás e dar um jeito, porque é uma coisa pública e não é a Stara que tem que construir um trevo na rodovia, não é a Stara que tem que colocar o encanamento para um loteamento que tem a finalidade de trazer mais colaboradores para morar em NMT. Há mais de 2 anos nós estamos tentando ajudar construindo um loteamento e não tem jeito de ter a participação pública – falou.

No mês de abril deste ano a Stara firmou convênio com a Prefeitura e com a Corsan para colocação da rede de água. A Corsan deu os canos e a Stara providenciou a instalação da rede. Para a ligação da rede a Corsan se comprometeu de doar os canos e a Prefeitura arcar com os custos dos 1.900 m de rede, da caixa até o loteamento.

A intenção da Stara é vender os terrenos para os funcionários por valores que vão de R$ 12 mil a R$ 15 mil, muito abaixo dos valores praticados no mercado local.

- Tudo que nós fizemos é para oportunizar a cidade a crescer. Hoje NMT é a Capital Nacional da Agricultura de Precisão, resultado de um trabalho que a gente realizou há muito tempo atrás de acreditar na cidade e na região - finalizou.

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