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Notícias

17 de junho de 2014

Chineses hesitam em ajudar idosos nas ruas

 Rodrigo Luis *
Os idosos que moram na cidade de Harbin, na China, estão carregando crachás no pescoço para que eles possam ser ajudados em caso de queda na rua ou emergência médica.
Histórias de idosos falastrões que enganam bons samaritanos que tentam ajudá-los são muito comuns na China e, como resultado, mesmo as pessoas bem intencionadas podem se negar a ajudar quando se trata de idosos. No ano passado houve um caso trágico de um homem que se matou depois de ser injustamente acusado de derrubar um homem idoso que ele tinha tentado ajudar. A polícia o absolveu dois dias depois de seu suicídio.
Idoso portam cartões para provar que não estão mal intensionados

Os cartões têm as palavras “Please Help Me Up” (Me ajude a levantar, por favor) escrito na frente, ao lado de uma foto, dados pessoais, informações de contato de parentes e uma declaração da pessoa idosa. A idéia é que as pessoas sintam-se mais relaxadas do ponto de vista legal, já que serão absolvidas da responsabilidade pelo acidente e, portanto, mais encorajadas a ajudar os idosos.

Em 2013, o levantamento “China Youth Daily” apontou que 80% das 130 mil pessoas entrevistadas hesitariam em ajudar uma pessoa idosa por medo de repercussões legais.
Isso é muito problemático aqui na China. As pessoas não ajudam as outras com medo. Existem vários casos que a pessoa cai na rua, a outra vai ajudar e chama polícia, ambulância, etc. Só que quando essa pessoa que supostamente caiu ou desmaiou volta a si, ela diz que o causador do acidente foi a pessoa que o ajudou. Assim o causador tem que pagar indenização e outros custos para se livrar do processo.
Isto é muito comum com estrangeiros pois eles não sabem se defender desses falastrões e, por ser de outro país, como cultura sempre tem o bom senso de ajudar.
Esperemos que a nova medida seja um pequeno passo para a construção de confiança e uma sociedade em que as boas ações não sejam deturpadas.
Colunista

 *Rodrigo Luis é empresário e reside em Shenzhen, na China, desde 2005. O sócio-diretor da Winpoint é fluente em mandarim e detalha nesta coluna tudo o que envolve a vida de um brasileiro na China

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