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Notícias

25 de maio de 2015

SAFRA DA SOJA

Resultados recordes são conquistas da tecnologia

Ricardo Franconeri (Brasmax/Dom Mário), Airton Gilmar Roos (Sementes Roos),  Antônio da Luz (Farsul), Orlando Roos (Sementes Roos), Ernani Polo (Governo do Estado), Osvaldo Heinrich (produtor rural), representante da Estratégia Marketing e Propaganda, Dirceu Gassen (consultor agronegócio) e Anildo Betencourt (Bayer)
Ricardo Franconeri (Brasmax/Dom Mário), Airton Gilmar Roos (Sementes Roos),
Antônio da Luz (Farsul), Orlando Roos (Sementes Roos), Ernani Polo (Governo do Estado), Osvaldo Heinrich (produtor rural), representante da Estratégia Marketing e Propaganda, Dirceu Gassen (consultor agronegócio) e Anildo Betencourt (Bayer)

Fórum Iniciativas pelo Brasil realizado no dia 15 reuniu especialistas em Não-Me-Toque no auditório da empresa E. Orlando Roos para debater os resultados da safra de soja 2014/2015

A produção de soja no Brasil apresentou novo salto nesta safra. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve aumentar sua produção da oleaginosa em 10,4%, alcançando 95,07 milhões de toneladas do grão. Para discutir esse cenário, especialistas participaram do fórum promovido pela Estratégia Marketing e Propaganda e transmitido pelo Canal Rural.
O Fórum Encerramento Nacional da Colheita da Soja reuniu o secretário estadual da Agricultura Ernani Polo, o consultor de agronegócio Dirceu Gassen, o produtor rural Osvaldo Heinrich, o economista da Farsul Antônio da Luz e os representantes das empresas patrocinadoras, Anildo Betencourt (Bayer) e Ricardo Franconeri (Brasmax/Dom Mário). Em nome da empresa que sediou o evento, o diretor vice-presidente Airton Gilmar Roos saudou os organizadores e os clientes que atenderam o convite participando do evento.
O foco do debate foi a produtividade da soja no Rio Grande do Sul, que vem crescendo nos últimos anos, apesar de sofrer com a irregularidade do clima e ser dependente da quantidade de chuva ideal. Comparado com o Mato Grosso, que produz 28% da soja do Brasil, e não cresceu em produtividade nos últimos anos, o Rio Grande do Sul é visto como um estado que aplica alta tecnologia.
- O RS teve um salto extraordinário em produtividade, alcançando nesta safra registros de 70 a 90 sacas por hectares e apesar disso, cinquenta por cento dos agricultores produz abaixo da média. O recorde de produtividade nos da muita satisfação, mas também nos deixa como tema de casa o desafio de mudar o cenário de quem produz abaixo da média – afirmou Gassen.
Avaliando essa disparidade, o economista da Farsul chamou a atenção para o problema gestão da água.
- Aqui no Estado só temos uniformidade em colheita quando ocorre estiagem e todos colhem mal. Nunca temos uma safra em que todos colhem bem e a água é fator preponderante para uma boa safra – comentou Antônio da Luz.
Além do déficit hídrico que se apresenta com frequência no RS e que neste ano acabou com a produção na metade Sul, Antônio da Luz destacou o uso de tecnologias é fator importante para os resultados.
- A excelente safra que tivemos neste ano começou a ser construída anos atrás, com uso de tecnologias no manejo do solo, escolha de insumos e práticas receptivas às novidades, especialmente em máquinas e produtos – comentou lembrando que a Expodireto é responsável pela difusão destes conhecimentos e facilitação de acesso às novas tecnologias.
O dirigente da Farsul também ressaltou que uma boa safra faz com que o Brasil inteiro seja beneficiado e que graças ao agronegócio o país não está em situação pior.
Ernani Polo anunciou que a Secretaria da Agricultura vem trabalhando para a elaboração de um programa de microbacias que visa potencializar o uso das águas, com formação de técnicos para serem multiplicadores de conhecimento no campo.
O pesquisador Dirceu Gassen chamou a atenção para a evolução das práticas, como a nutrição de plantas.
- Hoje precisamos de ciência aplicada no campo para evoluirmos de forma mais uniforme e a armazenagem das águas é fundamental – defende Gassen reforçando uma de suas frases:
– Rentabilidade na lavoura é proporcional ao conhecimento aplicado por hectare.
O especialista também chamou a atenção para a falta de uso do solo na entressafra. Ficou admirado de ver extensas lavouras sem cobertura ou cultura, quando a questão da incorporação de forrageiras ou cultivo de uma segunda safra no ano sempre foi um diferencial do RS.
O produtor Osvaldo Henrich disse que o trigo, principal cultura do inverno, é marginalizada pelo governo e o produtor não tem proteção alguma para arriscar investir nesta cultura. Entre os problemas estão os riscos do clima, os custos de cabotagem que são superiores ao da importação e a falta de segregação dos grãos colhidos.
Na questão dos custos, o economista Antônio da Luz acrescentou que o Brasil onera demais os produtos agrícolas. São 27% de impostos na soja; 30% arroz e 31% no leite.

- Só no Brasil se paga imposto para produzir. Defendemos o imposto na renda, não sobre a produção – afirmou o dirigente da Farsul.

O Fórum ainda tratou das estradas (ou falta delas), sistema portuário, o ultrapassado sistema de bloco de produtor e do descompasso do setor público com o setor do agronegócio que é uma das atividades mais tecnificadas e evoluídas no país.
Além de perguntas realizadas pelo público do auditório, os painelistas responderam questões enviadas via WattsApp para o Canal Rural, que transmitiu o fórum ao vivo, das 9 às 11h30.

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