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Notícias

18 de setembro de 2015

Depois da geada, chuva e granizo

A madrugada desta quinta-feira (17) foi marcada por fortes chuvas e queda de granizo em várias regiões do Estado. Houve registro de quedas de pedras de gelo em mais de cem municípios entre a noite de quarta-feira e a madrugada desta quinta. A previsão é de fortes precipitações de chuvas nos próximos dias. A intempérie veio cinco dias depois da mais intensa geada registrada nos últimos anos, nos dias 12 e 13, que atingiu todo o Rio Grande do Sul.
Na noite de sexta para sábado a geada foi forte. Domingo também teve alguma coisa. O trigo vai ter alguma perda, mas nesse primeiro momento ainda não é possível avaliar, explicam os técnicos.
O Rio Grande do Sul é o segundo principal produtor de trigo no país, e 80% das lavouras do Estado estão nas fases de floração e enchimento de grãos. O frio intenso pode gerar congelamento da seiva, prejudicando o crescimento ou até levando à morte das plantas. São necessários alguns

dias até que os danos tornem-se visíveis.
Os agricultores já estavam alertas para a possibilidade de geada, pois a previsão meteorológica apontava para frio abaixo de 4 graus Celsius, céu claro e pouco vento, que são as condições para a ocorrência de geada.
A última geada nessa época ocorreu no dia 26 de setembro de 2012. Naquele ano, boa parte das plantas abortaram os grãos, comprometendo a qualidade da safra.
Após o frio intenso no fim de semana e aquecimento da temperatura a partir de terça-feira, prognósticos da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) apontam precipitações para superiores a cem milímetros — quase a média estadual para o mês de setembro.
Chuva em excesso prejudica a formação dos grãos e a polinização, explica o agrônomo Gian Franco Bratta, da gerência de planejamento da Emater.
As variações climáticas chegam num período em que a lavoura de trigo estava em bom desenvolvimento, recuperada de problemas no plantio. Divisor de águas para a safra de inverno, o mês de setembro não tem sido bom para os produtores gaúchos. No ano passado, o excesso de chuva comprometeu mais de 50% da produção de trigo.
O engenheiro agrônomo Ricardo Warken vistoria as lavouras da família em Não-Me-Toque desde sábado, acompanhando os efeitos do clima no trigo e no milho. Ele estima que as perdas sejam totais, devido a intensidade do gelo que se formou.
As lavouras de milho que já foram plantadas — 32% da área prevista, conforme a Emater – também apresentam sinais de perda total. Os produtores terão que refazer o plantio da cultura.

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Lavora de milho no sábado (12)

 

 

 

 

 

 

 

 

Lavoura no domingo (13)
Lavoura no domingo (13)

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