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Notícias

22 de março de 2016

Stara: um lugar onde a crise não existe

Gilson usa como ninguém a arte de encantar o cliente, uma marca da Stara
Gilson usa como ninguém a arte de encantar o cliente, uma marca da Stara

Mesmo num momento difícil, de queda nos investimentos por parte dos consumidores, a Stara mantém a tradição de investir em lançamentos e nos clientes. Receber 1.000 clientes com palestra, visitação na fábrica, apresentação da linha de produtos e os lançamentos, com jantar é para a Stara o plantio de uma semente de confiança no seu trabalho.

Por trás da alegria que a Stara espalha na recepção aos clientes, cada vez que um grupo visita a empresa, está muito trabalho e o propósito de encantar com a organização e mostrar o quanto leva a sério produzir máquinas com qualidade e capacidade de ajudar o produtor a ganhar mais na sua atividade.

Nesta entrevista, o diretor-presidente da Stara, Gilson Trennepohl, fala sobre o atual estágio da empresa, sobre os lançamentos e sobre a crise que abate o país. Suas declarações comprovam porque a Stara faz parte do seleto grupo que não reduziu a carga horária de trabalho e é a única que não demitiu em função da crise, mantendo 2.235 funcionários.

A FOLHA – A queda vertiginosa na produção industrial parece não ter afetado a Stara que inaugura uma nova linha de montagem em meio a maior crise econômica do país nesta geração. Como a empresa vive este momento?

GILSON TRENNEPOHL – Digo que a crise é de confiança. Não estamos mais acreditando nas instituições. Você abre o jornal, só vê corrupção. Quando as pessoas não veem perspectiva elas recuam. A crise está em setores distintos do agronegócio. Prova disso é que da porteira pra dentro o produtor foi muito competente nos últimos anos. Não tem setor que tenha alcançado desempenho igual. Basta olhar para os números. Em 15 anos, o produtor desta região aumentou a produtividade do milho em 80% e na soja foram 48%.

A Stara sente os mesmos problemas das demais empresas, mas para nós, é a hora do bambu. Nos últimos anos trabalhamos na construção de sistemas novos, capacitamos as pessoas, investimos em novas máquinas e processos. Trabalhamos muito na base e buscamos um parceiro para ser nosso sócio, o BNDESPAR, criamos um banco (Stara Financeira), solidificamos para enfrentar as dificuldades que sempre vêm. A crise está aí e nós não estamos imunes, pelo contrário, estamos no meio do furacão junto com todas as empresas. Mas a gente sabe que na hora da crise tem que trabalhar muito mais. Se você olhar para trás vai perceber que quem está parado não investiu na inovação, não tem produtos novos.

 

O que a empresa faz de diferente para estar à frente no mercado?

Escutar o cliente e se colocar no seu lugar. Nós sempre estamos pensando o que podemos fazer para melhorar a produtividade, seja operacional ou no campo. Quando o agricultor produz mais e se torna competitivo superando os americanos, ele nos carrega junto. Quando nossa equipe está na fazenda de um cliente, observa como ocorre o trabalho e pensa em como ajudar a melhorar. Foi vendo o produtor carregar o saco de adubo nas costas que surgiu a carreta distribuidora de adubo direto na plantadora, 20 anos atrás, uma inovação que virou tendência e fez o saco de adubo de 60 kg virar bag. O mesmo processo se deu com o Imperador 3.0. Até ontem o produtor precisava de uma máquina para fertilizar e uma para pulverizar. Era impossível alguém fazer isso. Nós ouvimos isso de um cliente e trabalhamos no desenvolvimento. Foram cinco protótipos frustrados, até que deu certo. Nós gostamos do desafio da impossibilidade.

 

Assim como aconteceu com os distribuidores, pulverizadores e plantadoras, o lançamento do Imperador 3.0 impacta no mercado da indústria de implementos e mostra que a Stara não perde o foco na inovação nem a motivação. Qual é o rumo da empresa para o futuro?

A evolução constante está no nosso DNA. Vem lá da primeira capinadeira dirigível, quando surgiu a empresa, teve continuidade com Seu João (Johannes Stapelbroek), e se tornou uma cultura dentro da empresa que forja talentos, que investe no potencial dos colaboradores dando oportunidade para que cresçam e sonhem junto com a empresa. Nossa engenharia se equipara às melhores do mundo em equipamentos e sistemas, o que dá plenas condições de trabalho para a equipe. Trabalhando com inovação a Stara conquistou a patente mundial do pulverizador com barra central e também a patente mundial do código fonte do Topper com validade até 2029.

 

A agricultura deu um salto tecnológico ao ponto de inviabilizar a atividade que não adotou ferramentas como a agricultura de precisão. Qual é o papel da Stara neste processo?

Não tenho dúvida de que a Stara é líder nesta área. Temos um monte de seguidores. Criamos o conceito através do Projeto Aquarius que planou a ideia de que a gestão das fazendas passaria para as mãos dos filhos através do uso da tecnologia. Você olha as lavouras hoje e vê tudo alinhado. Foi a Stara que lançou o conceito da precisão e fez a indústria correr atrás para oferecer máquinas. Começou com uma barra de luz e chegou ao uma máquina que está totalmente linkada em tempo real com o celular, ao alcance do produtor onde ele estiver. Basta abrir o aplicativo e conferir como e quanto a máquina trabalhou, em alguns segundos após a operação. O mesmo processo ocorre com a produção industrial. O funcionário da fábrica hoje é igual ao do escritório, não tem mais as mãos sujas de graxa. Entre limpo e sai limpo. Uma grande evolução em 20 anos.

 

Com juro alto e o produtor abastecido de produtos, qual a expectativa de vendas para a Expodireto Cotrijal?

Eu não acho que o juro esteja alto. Está mais barato que em 2014 quando era 4% e a inflação 5%. Numa inflação de 12%, juro fixo de 7,5% não é alto. Acho também que no segundo semestre os juros serão compostos com Celic e uma taxa variável. Se for para colocar a máquina para produzir e fazer render em produção, o produtor deve aproveitar a feira para fazer negócios porque o juro compensa. O momento é muito bom para aquisição porque talvez seja o último de juro fixo.

 

Como a Stara vê a ideia de fazer um calendário bianual para as grandes feiras?

Nós vamos seguir o que nosso setor decidir. O problema hoje são os custos. Vocês podem ver aqui na Expodireto, um grande desperdício de dinheiro com as estruturas exuberantes dos estandes que se repetem em todas as feiras. Não se vê fora do Brasil. Isso tem que ser revisto. Outra questão é: quando tem demais enjoa. Não tem como inovar em tão curto espaço de tempo e corremos o risco de o agricultor perder o interesse. Entendo que as feiras são importantes e nós não deixaremos de participar se não for uma decisão do setor. Para 2017 já definimos que a Stara vai participar de apenas três feiras: Expodireto, Agrishow e Expointer. Nas demais vamos com as concessionárias.

Imperador 3.0 pulveriza e aplica fertilizante, lançamento inovador de 2016
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Em janeiro a Stara recebeu 1.500 clientes na sede em Não-Me-Toque
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Clientes conheceram a história da empresa e visitaram a fábrica
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