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Notícias

14 de abril de 2016

Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Gomes

Professora Eliane Quadros

No alto de uma coxilha, Bernardo Antônio de Quadros construiu a sede da Fazenda Bom Sucesso, por volta de 1845, a propriedade compreendia uma imensa área entre os rios Colorado e o Cotovelo.
Bernardo Antônio de Quadros casou-se com Felicidade Xavier de Castro, irmã do coronel Chicuta, de Passo Fundo, moça culta e poetisa. Após o casamento, veio morar em Bom Sucesso. Dona Felicidade e uma professora de nome Izabel ensinavam as crianças da redondeza a ler e a escrever, as aulas eram ministradas nas fazendas.
No início do século XX foi surgindo um pequeno povoado, os moradores trabalhavam em pequenas lavouras de subsistência, criavam gado e extraíam madeira das ricas matas da região. Em 1916, foi construída a primeira escola comunitária, que recebeu o nome de Olavo Bilac, também ocorreu a nomeação da primeira professora, Ema Schmitt. A escola era muito simples, uma casa de madeira, contendo apenas uma sala e se localizava no canto, onde atualmente está o pavilhão da comunidade de Bom Sucesso.
No ano de 1926 foi construída a igreja, cujo padroeiro é São Miguel, muito cultuado pelos fazendeiros portugueses. Era de madeira e tinha uma torre com sino, que era tocado diversas vezes por dia e orientava a população com as horas e os acontecimentos. O povoado cresceu com novos moradores vindos das “colônias velhas”, descendentes de alemães e italianos. Surgem casas de comércio, salão de baile e manufaturas coloniais: atafonas, moinhos e engenhos.

Escola Carlos Gomes de Bom Sucesso no passado
Escola Carlos Gomes de Bom Sucesso no passado

 

Escola Municipal Carlos Gomes nos dias de hoje
Escola Municipal Carlos Gomes nos dias de hoje

Primeiros professores

Os primeiros professores foram Ema Schmitt, Alvina Arent, Dona Chinchinha, Olinda Maria Munbach, Bernardo, Emílio Favaretto, Clara de Oliveira, Valter Martini, Eva da Silva, Arno Müller, professor municipal João Agnes (1955 a 1962), Isoldi de Almeida assume em 1962. A escola chegou a ter 70 alunos do 1º ao 5º ano.
Naquela época os alunos recebiam aulas de Matemática, Português e História. Os alunos de 1º e 2º anos escreviam na lousa, os de 3º ao 5º anos possuíam um livro resumo e cadernos, estes muitas vezes eram feitos de papel de embrulho. As aulas iniciavam com uma oração, os alunos deveriam permanecer em silêncio e a tabuada era muito cobrada. Não havia prova durante o ano, somente no final, uma prova que vinha pronta, era um exame geral de todo o conteúdo estudado naquele ano letivo.
Os alunos que desobedecessem, brigassem ou não soubessem a tabuada poderiam ser castigados, nos tempos mais remotos com a palmatoria e mais tarde com a vara, ou colocados de joelhos na frente da escola ou em grãos de milho. Mas em geral, as regras eram seguidas à risca.
Em março de 1963, foi inaugurado o prédio de madeira conhecido como “Brizoleta” (projeto do governador Leonel Brisola). Tinha duas salas de aula e uma secretaria e passou a chamar-se Escola Carlos Gomes, em homenagem ao compositor brasileiro.
No ano de 1964, caiu o uso da lousa e a partir de 1965 o governo passou a enviar a merenda. Foram nomeadas novas professoras: Dometila Salete Agnes e Lourdes Agnes, que trabalharam em conjunto com Isoldi de Almeida.
No ano de 1976 foi inaugurado o prédio de alvenaria e foi nomeada a professora Terezinha Ely.
De 1979 a 1984 a professora Isoldi trabalhou sozinha com todas as atividades, pois ocorreu a diminuição do número de alunos, devido ao êxodo rural e a redução do número de filhos por famílias. Os alunos além de atividades pedagógicas rotineiras, participavam das missas, procissões e desfiles cívicos e atividades artísticas como teatro e danças. Em 1985 iniciou seus trabalhos a professora Marlise Gatti Fossatti.
Em 1989, a Secretaria Municipal de Educação lança o projeto Escola Pólo Rural com a finalidade de unificar os alunos das escolas: Carlos Gomes, Júlio Alves Marcondes e Angelo Palharini. Em 1990 são anexadas as escolas Padre Anchieta e José de Alencar e é instalada a pré-escola. Em 1991é implantada a 5ª série e em 1992, é anexada mais uma escola, a Antenor Barbosa e no ano seguinte ocorre a implantação da 6ª série e, assim, sucessivamente até atingir o Ensino Fundamental completo.
Aumenta outra vez o número de alunos e de professores, cada área de ensino passou a ter um professor. A escola passou a ter o seguinte quadro de trabalho: Diretora: Marlise Gatti Fossatti; secretária, Isoldi L. de Almeida; merendeira, Nelsi Olinda Talamini; 1ª série, Marlise Gatti Fossatti; 2ª série, Anilda Maria de Oliveira; 3ª série, Jaqueline Melchior Fernandes, e 4ª série série Eliane M. de Quadros.
Era o tempo do mimeógrafo, do vídeo cassete para os filmes, das fitas cassetes para as músicas, dos livros didáticos mais coloridos e elaborados. As salas de aula, por serem grandes foram divididas.
O tempo foi passando, a escola foi ampliada, novos professores foram nomeados, outros deixaram a mesma. Muitos alunos chegaram, uns permaneceram desde a pré-escola até completar o Ensino Fundamental.
Atualmente a Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Gomes conta com mais de 130 alunos provenientes da zona rural e da cidade. É bastante procurada, pois está situada num local tranquilo e pela boa qualidade de ensino que oferece. Possui espaço verde e atividades voltadas à terra como jardinagem e horta. Faz resgate de memórias e de brincadeiras antigas, mas sempre conectada com tecnologias e novos métodos de ensino aprendizagem.

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