Passo Fundo/RS: Tempo nublado
Carazinho/RS: Parcialmente nublado
Passo Fundo/RS: Tempo nublado
Carazinho/RS: Parcialmente nublado

Notícias

13 de maio de 2016

Vereadores falam sobre impeachment, crise econômica e futuro do Brasil

Por: Felipe Keller
Os vereadores líderes de bancada da Câmara Municipal de Não-Me-Toque receberam o convite para opinar sobre a atual crise política, econômica e instabilidade que o país está passando. As entrevistas ocorreram antes da confirmação do afastamento da Presidente Dilma Rousseff e da abertura do processo de impeachment.
Os vereadores Ibanez Victor de Quadros (PT); Gilson dos Santos (PTB); Valdir Kirst (PP) e Neuri Sprandel (PDT) falaram na noite de segunda-feira (9). Na manhã de terça-feira (10) falou a presidente da Câmara Municipal, Paula Samuel van Schaik. Na manhã de quinta-feira (11), por telefone, concedeu entrevista o vereador Carlos Alberto Bacher do (PMDB), quando o Senado havia concluído a votação que afastou a presidente Dilma. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias, até o julgamento final pelo Senado. Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer (PMDB) assume a Presidência da República.

Vereadores opinaram sobre a situação politica e econômica do país
Vereadores opinaram sobre a situação politica e econômica do país

Ibanez defende Dilma
Principal referência do Partido dos Trabalhadores, em Não-Me-Toque, o vereador Ibanez defende o governo Dilma eleito nas eleições de 2014. Considera o processo de impeachment retrocesso democrático e político para o país.
Segundo o vereador, a escolha de quem deve governar é da população e não do Congresso. Em sua opinião, Dilma não cometeu crime de responsabilidade fiscal para ser afastada, já que outros governantes praticaram os mesmos atos e não foram cassados.
- As investigações têm que acontecer mais não somente dentro do meu partido. Todos têm que ser investigados e punidos – opinou o vereador.
O vereador critica o trabalho incisivo da Justiça pedindo mais neutralidade contra políticos próximos ao PT acusados de ações corruptas desvendadas na operação Lava Jato da Polícia Federal, e agir com a mesma ênfase com nomes citados em outros partidos, como do PSDB.

Maninho acredita no fortalecimento das instituições
O líder do PTB, vereador Gilson dos Santos – Maninho -, não acredita que o processo de impeachment seja golpe, porque respeita a constituição e as etapas na Câmara e do Senado. Para Gilson, a política nacional precisa reunir esforços para beneficiar a economia, que está ruindo com demissões em massa, e buscar formas para não fechar as portas. Mas, o vereador citou que as instituições precisam estar fortalecidas, como: Legislativo, Executivo e Judiciário.
- Temos que ter coragem de enfrentar todas estas dificuldades. Independente do partido envolvido, precisamos fortalecer as instituições porque são permanentes e os políticos são passageiros – avaliou.
Maninho mencionou ainda que a crise nas instituições está visível quando a Presidente da República e da Câmara são afastados, e o presidente do Senado denunciado pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Kexinho acredita no futuro do Brasil
O vereador Vadir Kirst (Kexinho - PP) observa que o Governo Federal precisa de uma base numerosa, confiável e forte no Congresso para governar. Algo que Dilma não teve no segundo mandato. Deseja que o período conturbado possa trazer fortalecimento no combate à corrupção e com isso, deixar um legado de melhor perspectiva para o futuro do país. Porém, o vereador critica o número de partidos.
- O interesse do meu partido (PP) no Rio Grande do Sul é de oposição ao governo Dilma e na Bahia, por exemplo, é de apoio e situação. O Brasil deveria ter menos partidos, uma configuração que representasse esquerda, centro e direita – considerou.
Sobre o futuro do Brasil:
- Temos que valorizar as pessoas sérias. Acredito que o Brasil tem futuro. Com a união de todos os segmentos da sociedade, poderemos continuar sendo um grande país – conclui.
Neuri Sprandel aponta erro do governo
Um dos principais lideres do PDT de Não-Me-Toque, o vereador Neuri Sprandel, disse que acreditava no governo principalmente na política de incentivo à agricultura. Em sua opinião, o erro, principalmente após o governo Lula, foram de administração financeira, de gestão e pelos interesses particulares que rodeiam o Planalto. Além disso, considerou o desgaste pelo tempo no poder.
Neuri aponta que no governo Lula houve oportunidade para o pequeno e médio agricultor crescer. Apesar disso, para muitos não passou de um momento imaginário.
- Teve agricultor que viveu um momento de fantasia. Tem muita gente com pouca terra que comprou máquinas, e hoje que está ou passou dificuldade – constata.
Contudo, acredita que setor agrícola é o que cresce e tem maior confiança para sobreviver e ajudar o país a retomar o crescimento.
Paulinha aprova afastamento de Cunha
Paula Samuel van Schaik (PP) considera que o Supremo Tribunal Federal (STF) demorou em afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara de Federal. Como presidente do Legislativo local, reprovou a postura de Waldir Maranhão, e aprovou o seguimento do rito em plenário no Senado pelo presidente, Rena Calheiros.
Paulinha disse que está preocupada com outra crise, a falência financeira dos estados e dos serviços básicos à população:
- As pessoas estão sofrendo com a falta de atendimento na saúde. É preciso desmascarar o que acontece nos municípios e a situação financeira dos estados – avaliou.
Paulinha tomou plena consciência do estado falimentar do Rio Grande do Sul na semana passada, quando junto com outras lideranças políticas do município, receberam a notícia do Secretário Estadual da Saúde que não haveria repasse do Estado para continuidade do plantão médico em NMT, além de apontar desrespeito e mau tratamento por parte do secretário João Gabardo.

O vereador Carlos Alberto Bacher – Betão, do PMDB, não atendeu o convite para a entrevista.
Com nove integrantes, o Poder Legislativo tem ainda os vereadores Antoninho Leocir Baldissera, Everaldo Quadros de Moura compondo a bancada do (PDT) e Pedro Paulo Falcão da Rosa (PP).

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir