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29 de novembro de 2016
Meninas sonham em participar do Concurso Soberanas de Não-Me-Toque
Entrevista Luciano Baumgardt
O publicitário, colunista social e consultor de eventos Luciano Baumgardt, coordenou pela segunda vez a realização do concurso de Soberanas de Não-Me-Toque. Convidado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento, colocou seus conhecimentos à disposição para orientar e preparar as oito candidatas. Nesta entrevista produzida pela Folha, Lu Baumgardt conta porque o concurso é tão valorizado pelas meninas, fala da organização e como é coordenar o concurso que teve um dos mais elevados staff de jurados já envolvidos desde a sua instituição.
A FOLHA - Como é coordenar um concurso em que beleza deve estar aliado à cultura e à capacidade de comunicação?
LU BAUMGARDT - Tenho uma relação profissional e afetiva com o concurso das Soberanas, pois foram poucas as vezes que não estive envolvido, ou integrando o corpo de jurados, ou como coordenador da etapa preparatória das meninas. Coordenar a preparação das candidatas é algo fantástico que exige muito conhecimento do que é o concurso, de tudo que envolve o título, principalmente porque estamos falando de dois anos de reinado. É um longo período. Com a programação preparatória que criamos nas duas últimas edições, desde que minha empresa, a Baumgardt Comunicação e Eventos, assumiu esta parte, buscamos através dos encontros, oficinas e workshops, integrar e despertar as potencialidades de cada uma das candidatas. Com estes encontros, conseguimos que elas saibam com exatidão o que realmente se busca, qual o conhecimento necessário, o comprometimento, a doação. A tarefa de uma Soberana é representar todos os não-me-toquenses, por isso precisamos da união de beleza, cultura e comunicação.
Como você avalia o nível das candidatas deste ano?
LB - Altíssimo. As oito meninas mostraram comprometimento acima da média, preparo em oratória, disciplina, engajamento, muita dedicação, conhecimento do município, cuidados com estética e beleza, e o principal: amam a nossa cidade, quesito principal para ser uma Soberana. Amor este que não foi só falado, mas demonstrado em atitudes e conversas de bastidores.
- Como foram escolhidos os jurados?
LB - Após conhecer as candidatas comecei a busca por pessoas que fossem capacitadas para verem além, que pudessem perceber mais do que as candidatas mostram. Como tínhamos um time muito forte, precisei de pessoas com larga experiência no ramo de concursos. O médico e colunista social, Bebeto Azevedo, há mais de 25 anos é jurado e prepara rapazes e moças para concursos de beleza. Letícia Borghetti Kuhn, possuiu títulos como: Rainha da Expointer, Princesa do Município de Tapera e é a atual Miss Rio Grande do Sul 2016. O cirurgião plástico Rafael Ceita Nunes que é professor do curso de Medicina da UPF, pode avaliar a plástica das meninas. A coiffure Adriana Pinto, aplicou seus conhecimentos visagismo, método que utiliza um conjunto de técnicas para valorizar a beleza de um rosto pela concepção harmônica entre a maquiagem e o penteado. Por fim, a consultora de moda e estilo Mara Lauxen trouxe todo o seu conhecimento e pode avaliar as meninas quanto a comportamento e vestimenta.
- A eleita para Rainha se sobressaiu em algum dos itens da avaliação em relação às demais?
LB - Sim, a Renata desde o início do concurso mostrou, pelas suas atitudes e forma com que se apresentava em cada encontro, um desejo de vencer muito grande. Na entrevista com os jurados demonstrou grande conhecimento sobre questões do município, como o que é Agricultura de Precisão. Também soube controlar o nervosismo, respondendo todos os questionamentos com clareza, espontaneidade e maturidade muito grande. Já na passarela apresentou uma oratória esperada para o título, e foi muito feliz na escolha da sua produção, buscando um modelo de vestido elegante, com cores muito atuais, que valorizou ainda mais sua beleza. Também teve uma desenvoltura em passarela muito boa.
- O interesse em participar do Soberanas de Não-Me-Toque sempre garantiu um número expressivo de candidatas. A que se deve isso?
LB - Deve-se à trajetória do concurso e ao trabalho desenvolvido pela Administração e pela Secretaria do Desenvolvimento, que valorizam as Soberanas, colocando-as nos eventos ao lado das autoridades. Também tem a produção que a Administração propicia, tanto de vestimenta como de cabelo e maquiagem, fazendo com que elas estejam sempre impecáveis em cada aparição junto ao público e à mídia. Outro fator importante é o comprometimento das vencedoras, que cumprem o seu papel, com apoio das famílias. Hoje, ser Soberana de Não-Me-Toque é um sonho das meninas da cidade, acalentado durante anos. Elas ficam aguardando a idade para poder concorrer.
- O concurso deste ano teve uma singularidade, além do título esteve em disputa o trabalho de profissionais da área estética e figurino. O evento pode ser considerado uma vitrine para os profissionais?
LB - Exatamente, nunca antes tivemos tantos profissionais da beleza envolvidos como apoiadores de candidatas, assim como duas estilistas locais. É sem dúvida uma grande vitrine, mas também uma grande responsabilidade, pois uma boa produção e um vestido pode influenciar na decisão dos jurados, assim como também é possível tirar a coroa de uma menina devido a uma má escolha de vestido, cabelo ou maquiagem.
- O concurso exige conhecimento, oratória, beleza e até disponibilidade para participar de eventos oficiais. Então, devemos entender que as soberanas estão aptas a fazer mais do que simplesmente sorrir nos eventos?
LB - O que mais trabalhamos na etapa preparatória é a versatilidade do cargo. Devem sim serem belas, apresentarem-se sempre impecáveis, cabelo, pele, unhas, vestimenta. Mas, além disso, é dever de uma Soberana ter conhecimento sobre a cidade, nossa cultura, potencialidades e história. Devem saber posar para fotos, atender ao público com simpatia, carisma e generosidade e, principalmente, dar entrevistas para os mais variados tipos de veículos de comunicação, como também saber.
