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Notícias

19 de junho de 2017

População se une contra regionalização de partos

Concentração em frente à Unidade Básica de Saúde Centro reuniu 200 pessoas em apoio às grávidas

O assunto que diz respeito diretamente às gestantes, mobiliza lideranças e população de Não-Me-Toque. Todos são contra a proposta da Rede Cegonha que visa regionalizar os partos em centros maiores.
Os municípios que não tiverem um mínimo de 365 nascimentos por ano devem deslocar suas gestantes para terem o bebê em hospital de referência regional.

- Essa estratégia que visa melhorar a atenção às gestantes e seus bebês onde não existe estrutura adequada, não pode ser imposta considerando apenas o número de nascimentos, como vem acontecendo – avaliou o prefeito Armando Roos.

Mulheres gestantes acompanharam de perto o ato frente a Unidade de Saúde 

O prefeito de NMT, junto com seu secretário da Saúde Marco Costa, o Poder Legislativo, e os gestores públicos dos municípios de Victor Graeff e Lagoa dos Três Cantos, defendem que o Governo do Estado não deve obrigar os municípios com estrutura hospitalar adequada a aderir à regionalização de partos.
A Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional.

No caso de Não-Me-Toque, os hospitais não atendem o número mínimo de partos, nem a equipe médica com oito profissionais exigida pela Rede Cegonha.

Prefeito informou que o município encampa frente jurídica e politica contraria a resolução

- Esta medida é totalmente controversa, pois não faz muito tempo que recebemos uma emenda parlamentar em que parte do recurso foi destinada à compra de equipamentos para qualificação e melhoria da ala de maternidade do Hospital Alto Jacuí, justamente para assegurar um parto seguro e reduzir ainda mais a mortalidade infantil de nosso município. É uma medida que vem sendo tomada sem o devido planejamento por parte do Governo e que no caso de Não-Me-Toque vem trazer riscos a população - destaca o secretário Marco Costa.

Autoridades politicas apoiam a causa contrários a medida

Contrária a esta decisão, a Administração Municipal, através da Secretaria de Saúde, com o apoio da Câmara de Vereadores, realizou uma mobilização com a população na tarde de quarta-feira (14), em frente à Unidade de Saúde Central. A mobilização reuniu mais de 200 pessoas, momento em que ocorreram pronunciamentos explicando o programa Rede Cegonha e os transtornos que pode causar. Estiveram presentes o prefeito Armando Roos, vice-prefeito Pedro Paulo Falcão da Rosa, o prefeito de Lagoa dos Três Cantos Dionísio Wagner, o presidente da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque Maiquel Delano da Silva, o secretário de Saúde Marco Costa, vereadores, secretários de governo, servidores da Saúde, população e imprensa.

Maioria das pessoas presentes na mobilização formada por funcionários públicos e de mulheres  gestantes 

Intervenção na Justiça
Além da mobilização, a Administração solicitou a intervenção do Ministério Público através de ofício entregue ao promotor de Justiça Leandro Tatsch Bonatto, pedindo a adoção de medidas legais para que os hospitais de Não-Me-Toque possam manter o atendimento prestado a gestantes em âmbito municipal.

Imprensa local e estadual também estiveram presente cobrindo ato público 

- Não vamos aceitar que o Ministério de Saúde brinque com a vida de gestantes através desta medida. Não-Me-Toque conta com dois hospitais muito bem estruturados e com uma equipe de profissionais qualificada para o atendimento a gestantes e recém-nascidos, portanto é inaceitável que nos calemos diante desta situação, simplesmente submetendo mulheres grávidas a uma viagem a outro município para ter seus filhos e deixando toda a estrutura local abandonada - ponderou o prefeito Armando.

O vereador Charles Morais também protocolou Moção de Repúdio à portaria estadual que proíbe a realização de partos em hospitais de pequeno porte.

Gestante manifestou seu descontentamento com a resolução do Governo do Estado

- Não podemos retroceder e tirar o direito da mãe de ter o filho na sua cidade, com acompanhamento do médico com que fez o pré-natal. Nossa preocupação é com o risco para as gestantes e seus bebês durante o traslado, o alto custo para a Prefeitura com diárias e, ainda, o prejuízo na relação entre paciente e médico – reforçou Charles.

 

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