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Notícias

4 de agosto de 2017

Corpo são, mente insana

 

Escritora Jana Luxen: ozdezmelhores@gmail.com, janalauxen.blogspot.com, oduplodaterra.com Facebook e Twitter: Jana Lauxen

Quando nosso corpo adoece vamos ao médico, fazemos exames, tomamos remédio, buscamos ajuda. Se o rim inflamar, se o estômago estufar, se a cabeça doer, se o braço inchar, não há um ser humano sobre a Terra que não procure ajuda médica.

Contudo, não é apenas nosso corpo que adoece. Nossa mente e nossas emoções também. A diferença é que, quando surge a depressão, as crises de ansiedade, o estresse, geralmente não procuramos ajuda médica. Quando a doença se manifesta em nosso emocional, sumariamente a ignoramos – de um modo que jamais ignoramos as doenças que se manifestam em nosso corpo.

Acontece que somos uma sociedade extremamente materialista. Não acreditamos em nada que não possa ser pesado, medido, avaliado, encaixotado, comprovado, rotulado, tocado. Se eu não vejo, não existe.

Daí por que tantas doenças emocionais passam despercebidas: seu diagnóstico é mais sutil, suas feridas são imperceptíveis ao olho nu. Uma tomografia pode mostrar um tumor no estômago, mas qual tomografia pode indicar um tumor nas emoções?

Deste modo, tanto o doente quanto a família do doente passam a tratar a doença emocional como algo menor. Se descobrem um câncer, todos se comovem e se mobilizam; mas se descobrem uma depressão, a comoção e a mobilização caem para um terço. Sendo que, não raramente, a depressão mata mais do que o próprio câncer.

Resultado: somos uma sociedade doente vivendo como se fosse saudável. Uma sociedade que cuida do corpo com obsessão, mas negligencia totalmente suas emoções. E dá-lhe desequilíbrio, sofrimento, loucura generalizada. Corpo são, mente insana.

É impossível sobreviver com um rim doente. A dor, a febre e o desconforto impediriam qualquer um de fazer qualquer coisa. Do mesmo jeito, é impossível sobreviver com as emoções doentes. Porque a dor, a febre e o desconforto emocionais também são paralisantes, incapacitantes e potencialmente fatais.

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