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23 de outubro de 2017
Falta de esgoto pode impedir construção de prédios e instalação de novas indústrias
Helaine Gnoatto Zart/editora@afolhadosul.com.br
Não-Me-Toque é mais um entre centenas de municípios brasileiros que não tem canalização e tratamento de esgoto. A além dos prejuízos para o desenvolvimento, a falta deste serviço traz problemas para os moradores e para o meio ambiente.
O prefeito Armando Roos está empenhado em fazer a Corsan cumprir com o contrato de concessão para exploração da água, que também obriga a coleta e o tratamento do esgoto da cidade de Não-Me-Toque.
- No meu mandato, dez anos atrás, quando o contrato com a Corsan estava vencendo, eu não fiz a renovação porque queria o comprometimento da companhia em investir no serviço de esgotamento sanitário – disse o prefeito.
De lá para cá, ocorreram diversos eventos, desde a exigência para elaboração do Plano Municipal de Saneamento, audiências públicas, laudos técnicos que obrigaram a Administração Municipal a gastar com assessoria. A Prefeitura cumpriu com todas as etapas, renovou o contrato, mas a Corsan continuou sem cumprir com sua parte e até hoje não investiu nem um centavo em saneamento.
- O Ministério Público cobra um posicionamento da Administração em relação ao cumprimento das metas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico e do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos– afirmou Armando Roos.
Nos últimos meses já ocorreram diversas reuniões com a presença do superintendente regional da Companhia Rio-grandense de Saneamento, João Batista da Rosa, e o gerente local, Paulo Cervi. No entanto, o assunto não avançou.
Na terça-feira (17) o prefeito Armando e o vice-prefeito Pedro Paulo da Rosa se reuniram novamente com o superintendente e o gerente local da Corsan. Participaram também técnicos da companhia e servidores do setor de engenharia da Prefeitura Municipal.
- Não podemos embargar obras ou impedir novas construções por falta de investimentos na rede de esgoto. Precisamos encontrar uma solução para esse problema- salienta ArmandoRoos.
A curto prazo a Corsan comprometeu-se emdisponibilizar mecanismos de bombeamento com caminhões e eventual tratamento dos locais mais afetados para solucionar, parcialmente, problemas como mau cheiro e sujeira.
Um destes locais onde os representantes da Companhia se comprometeram a realizar a limpeza foi visitado pelo grupo, na Rua Frei Olímpio Reichert esquina com a Rua Pinheiro Machado. No local, o cheiro de esgoto é forte e constante. Conforme os técnicos, a ação de limpeza da rede pluvial, que vem recebendo dejetos de casas e prédios, fará com que haja um maior fluxo de água, reduzindo o mau cheiro que exala das bocas de lobo.
O superintendente João Batista da Rosa disse que a Corsan pretende adquirir uma área para ser utilizada como depósito de resíduos sólidos recolhidos das fossas dos prédios. A medida é paliativa, não uma solução.
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