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5 de outubro de 2018
Na Justiça pela reforma da RS 142
Helaine Gnoatto Zart | A Folha
Reparos na pista da rodovia que liga Não-Me-Toque a Carazinho, a ERS 142, não atendem mais à necessidade desta via. Para oferecer segurança a centenas de usuários que transitam na pista por dia é preciso uma reforma na estrutura restabelecendo a largura original da estrada.
Esta é a base da ação movida pelo vereador progressista Charles Morais contra o Governo do Estado, devido à falta de atenção às inúmeras reivindicações já formuladas por lideranças políticas, comunitárias e empresariais.
A estrada foi construída em 1954 e nos últimos anos sofreu recapeamento e diversas operações tapa-buracos para amenizar os problemas de desgaste e buracos que sempre surgem no mesmo lugar. No entanto, uma queixa recorrente nos últimos anos é quanto ao estreitamento da pista, resultado dos recapeamentos que foram sendo feitos encolhendo as bordas.
O estreitamento tornou-se um problema grave devido ao tráfego de caminhões de carga – carretas, bitrens e outros, que transportam desde aço (matéria prima para as indústrias), até máquinas agrícolas, cereais e todos os produtos que chegam à cidade.
Além disso, tem o transporte de passageiros. Só de ônibus são mais de 81 linhas regulares da Estação Rodoviária, acrescido do transporte de estudantes e de trabalhadores, que movimenta pelo menos .... veículos por dia em viagens de ida e volta.
De acordo com as normas de projetos rodoviários do Daer, a largura da pista é definida pelo índice chamado VDM, que significa o Volume Diário Médio de veículos que transitam na via.
No ano 2000 o Daer realizou um levantamento e chegou ao número de 2.500 veículos por dia. Considerando o crescimento do município, em 18 anos, o número de veículos deve ter crescido na mesma proporção.
- Acontece que, para uma rodovia com essa quantidade de trânsito de veículos e por ser uma ERS, deveria ter uma largura de pista de 7 metros. Infelizmente, a nossa pista possui em alguns trechos 6,25m, em outros 6,15m e chegou até o absurdo de trechos com 6 metros – relata o vereador que documentou a medição em vídeo.
Charles Morais ainda apontou o problema do desnível da pista para o que deveria ser o acostamento.
- Temos em média um desnível de 13 cm entre o asfalto para e o acostamento de terra, o que faz com que os veículos fiquem desgovernados quando o motorista manobra fora da pista de rolamento, o que pode ser fatal e os números de acidentes com vítimas estão nas estatísticas para comprovar a gravidade deste problema estrutural - enfatiza.
Rebatendo a justificativa de que muito acidentes ocorrem devido a alta velocidade e ultrapassagens indevidas de motoristas, Charles Morais afirma que o problema não está só no fator humano.
Para forçar a responsabilização do Governo do Estado, o vereador entrou com uma ação declaratória de fazer, através do advogado Arthur Sulzbach de Aguiar, para que cumpra com as normas de trânsito e de trafegabilidade no próximo edital de contratação de empresa para os reparos na rodovia. O não cumprimento poderá gerar multa diária para o estado.
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