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Notícias

13 de março de 2019

Safra cheia para quem investe na lavoura

Helaine Gnoatto Zart | contato@afolhadosul.com.br

MANHÃ TECNOLÓGICA ROOS

Assim como evoluem as tecnologias em produtos e máquinas, as práticas agrícolas também se mostram suscetíveis às mudanças. Isso ocorre sob a pressão das novidades, mas, especialmente, pela mudança de comportamento das plantas, pragas e doença. Se no passado bastava lançar a semente e arrancar ervas daninhas, hoje o produtor precisa estar presente, de olho na lavoura, todos os dias. E se o sinal de alerta for aceso, precisa vistoriar de manhã e pela tarde também.

A evolução também alcança o conhecimento. É preciso conhecer os produtos agroquímicos, os fertilizantes, suas fórmulas, possíveis combinações e efeitos. Quando aplicar também está na lista de conhecimentos que o produtor rural precisa dominar.

Para atualizar os produtores rurais, a Empresa Roos realiza anualmente a manhã tecnológica voltada para a soja, mas onde o milho também tem espaço. Promovido no dia 7 de março, o evento apresentou para 500 produtores parcelas de soja e milho cultivadas em condições climáticas normais, com práticas disponíveis para todos. Essa marca do evento que se repete há anos, garante a confiança dos produtores quanto aos resultados alcançados.

O resultado desse conhecimento poderá ser visto quando os grãos começarem a ser colhidos. A estimativa para a soja é colher médias acima de 60 sacas por hectare, com registro de até 90 sacas.

O evento teve a participação da Basf, Agroceres, Adama, Roundap, Dinastia, Corteva, Enlist e da Augustin Massey Ferguson.

Orlando Roos, diretor-presidente da empresa Roos, e Airton Gilmar Roos, diretor vice-presidente

Tudo começa pelo solo

Carlos Alberto Forcelini - engenheiro agrônomo, Ph.D. em Fitopatologia, professor titular da Universidade de Passo Fundo – fez a palestra técnica da Manhã Tecnológica Roos abordando questões que marcaram o desenvolvimento da soja nesta safra: morte de plantas jovens e ferrugem.

O professor afirmou que a causa da morte de plantas com dois a três dias de imersão ocorrida de forma repetida em algumas áreas, é causada por fungo que se mantém no solo por até três anos e que só é despertado se tiver a soja semeada e muita umidade.

- É água do encharcamento que leva o fungo até as raízes da planta jovem e casa sua morte. Quando replantamos a área, fica ainda pior, porque o fungo já saiu da dormência e se encontrar ambiente favorável vai atacar a planta ainda mais rapidamente. Esso processo só vai parar quando a condição do solo não for mais de encharcamento – explicou.

A chuvas, cujo excesso causou o replantio, também foi responsável pela recuperação das lavouras a partir do final do ano, quando começou a cair de forma moderada.

Com as lavouras estabelecidas, começaram a aparecer as doenças, como oídio, mofo branco, mas a que mais tem presença neste final de ciclo é a ferrugem.

- O Rio Grande do Sul apresenta o maior índice de ferrugem do Brasil, um terço. A doença se apresentou com até 30 dias de antecipação nesta safra – alarmou o pesquisador.

Baseado nos trabalhos de pesquisa que conduz, Forcelini afirmou que o tratamento é fundamental para evitar perdas, mesmo havendo resistência da ferrugem aos produtos existentes no mercado.

Uma mostra da pesquisa do ano passado constata que entra a área com zero fungicida e com quatro aplicação a diferença ficou entre 23 e 34 sacas por hectares.

- Este ano termos situação em que a diferença vai chegar a 40 sacas por hectares – afirmou, porque a doença está mais agressiva.

O pesquisador também apresentou estimativa de custo de produção e produtividade com e sem o uso de quatro aplicações de fungicidas com reforço para controle da ferrugem.

- Para cada real que é investido em controle é economizado 5 em perda na lavoura por doença – garantiu.

Os produtores que passaram aproveitaram a Manhã Tecnológica anda tiveram contato com o resultado do trabalho que mostra a melhor época para realizar as aplicações de controle fúngico. Começar mais cedo a aplicação, antes que a soja feche a entrelinha, foi uma das dicas do especialista em fitopatologia. O intervalo entre as aplicações, o uso de diferentes produtos, uso de reforço e os resultados também mostraram a diferença na colheita.

Ph. D. em Fitopatologia, Carlos Alberto Forcelini fez palestra abordando questões que marcaram o desenvolvimento da soja nesta safra

A evolução no controle de plantas daninhas e lagartas

Um dos parceiros do Roos neste evento apresentou a tecnologia EnlistTM. Considerada uma verdadeira evolução no controle de plantas daninhas, ela possibilita o uso do 2,4-D sobre as culturas de soja Enlist e milho Enlist para maximizar o potencial produtivo das lavouras. Entre os benefícios da tecnologia estão novos herbicidas (com redução no potencial de deriva, baixo odor e ultra baixa volatilidade); variedades e híbridos de elevada produtividade; novas tecnologias Bt e maior praticidade.

Em cada uma das estações da Manhã Tecnológica os produtores tiveram contato com novidades e orientações técnicas sobre novos produtos e manejo.

Sementes cada vez mais produtivas

Na hora de escolher a semente o produtor prioriza a produtividade. Junto, vem o desempenho das variedades no ano anterior, o comportamento com relação à doenças e pragas. Como a evolução nas sementes também anda muito rápido, todo ano tem variedades novas lançadas, eventos como promovido pela empresa Roos referendam a escolha de boas sementes para o plantio da próxima safra.

Evento apresentou desempenho de 18 cultivares

O ano do milho

O preço do milho até o ano passado foi um forte fator para que o Rio Grande do Sul reduzisse a área de plantio de milho. No entanto, o produtor rural esqueceu os benefícios da planta para o solo e para o controle de ervas daninhas e pragas, passando a gastar mais com tratamento e até perdendo rentabilidade na soja.

Quem plantou milho nesta safra vai colher recordes. As variedades da Agroceres presentes na área experimental do Roos comprovam o alto rendimento da planta, além dos benefícios a longo prazo.

O técnico da Agroceres, Flávio Carlet avaliou que o produtor decidiu pela redução da área de milho considerando apenas o custo e a rentabilidade de cada safra, não os benefícios alcançados quando utiliza a área em rotação com a soja.

- O maior investimento que temos no milho é com adubação, esse insumo fica no solo por cinco anos – exemplificou.

O diretor presidente da sementeira e cerealista Roos, Orlando Roos, que acompanhou o evento e conversou com os produtores, disse que em sua propriedade alcançou rendimento de 230 sacos por hectares numa variedade de milho.

- Tivemos um ano excelente para o milho e ainda é possível aumentar essa produtividade – afirmou Orlando Roos.

O técnico da Agroceres Flávio Carlet chamou a atenção para os benefícios do milho par ao solo e também para a soja

Mulheres do Agro

As mulheres produtoras rurais tiveram uma atenção especial na Manhã Tecnológica. Além de participar das atividades de campo, tiveram um momento para receber orientações da nutricionista Eduarda Werlang, que falou sobre “Repensando a alimentação em busca da qualidade de vida”, e da psicóloga Adriana Mayer que abordou “A arte de Ser mulher”. As atividades foram um presente para o Dia Internacional da Mulher.

Nutricionista Eduarda Werlang lembrou que qualidade alimentar depende de mudança no comportamento

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