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Notícias

8 de julho de 2019

Alunas do professor Alex Weber concorrem a prêmio internacional com aplicativo de prevenção a suicídio

Grupo se entusiasmou após ver vídeo sobre a competição de tecnologia e desenvolveu aplicativo com ajuda de professor e psicóloga

Cinco alunas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foram selecionadas para a final de uma competição internacional de tecnologia apenas para meninas, o Technovation Challenge. A última etapa será no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), região conhecida por abrigar empresas de alta tecnologia.

Para chegar até a final da competição, as alunas desenvolveram um aplicativo para celular chamado Safe Tears, "lágrimas seguras" em inglês, para ajudar na prevenção ao suicídio. Até o projeto ficar pronto, foram-se dois anos de trabalho de Ana Júlia Giacomeli, Anna Carolina Ferronato da Silva, Clara Noemi Pithon da Silva, Emanuela Maraskin e Jhuly Kefny da Silva Carvalho.

Clara Noemi da Silva, Ana Júlia Giacomeli, Emanuela Maraskin, Anna Carolina da Silva e Jhuly Carvalho, alunas do professora Alex Weber estarão na Califórnia em agosto

As estudantes têm entre 16 e 18 anos e fazem curso técnico em informática integrado ao ensino médio no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Início

Tudo começou em 2017, quando o professor de informática Alex Weber passou em uma aula um documentário sobre a competição.

- Nós falamos com ele que queríamos participar e ele topou ser nosso mentor. Começamos a pensar em ideias, algum problema social que a gente pudesse ajudar a desenvolver - conta Anna Carolina Silva.

À procura de temas que afetassem a região de Xanxerê (SC), as estudantes chegaram ao assunto suicídio.

- Vimos que tinha um índice muito alto, principalmente entre os jovens - diz Emanuela Maraskin.

Elas buscaram ajuda com a psicóloga do campus, Cristina Folster, no começo de 2018.

- Desde então, viemos estudando como seria possível. Fiz um curso para elas, fomos visitar o CVV (Centro de Valorização da Vida) em (SC) para poder fazer as frases, as dicas, os textos que têm dentro do aplicativo. Elas estudaram bastante - relata a profissional.

O maior desafio do grupo, segundo Emanuela, foi a programação.

- Era uma linguagem totalmente nova. Tivemos que ir atrás para aprender como se fazia desde o zero - conta.

Como funciona?

No aplicativo, usuário adiciona 'lágrima triste' ou 'lágrima feliz'

Ao entrar no aplicativo, o usuário se depara com a figura de um copo. Emanuela explica como funciona: "você pode adicionar lágrimas tristes, e pode retirar lágrimas quando acontece alguma coisa boa. Tem uma escala de um a cinco para definir a tristeza. Um significa pouco triste. Se estiver muito triste, coloca cinco gotas".

O aplicativo responde conforme o recipiente vai enchendo com as lágrimas virtuais, o que gera uma porcentagem correspondente a quanto o copo está cheio. "Até 50%, aparecem mensagens motivacionais para não ficar mais triste. Acima de 50%, para procurar algum psicólogo, uma ajuda profissional", resume a estudante.

No programa, também é possível cadastrar uma "pessoa de segurança", que é acionada quando a porcentagem passa da metade, conta Cristina Folster. "O aplicativo explica para a pessoa de segurança como pode ajudar", diz.

Conquista e desafio

Em abril, as alunas enviaram o projeto à competição. No dia 24 de junho, receberam a notícia de que estavam entre os seis grupos finalistas, que incluem estudantes do Cazaquistão, da Albânia, da Espanha, dos Estados Unidos e da Índia.

De 12 a 16 de agosto, as estudantes estarão na Califórnia para saber o resultado final, com os custos pagos pela própria competição.

Por enquanto, o aplicativo Safe Tears não está disponível para o público, mas isso pode mudar.

- A gente não discutiu muito a fundo, mas é uma coisa a se considerar - diz Anna Carolina.

Fonte: G1SC e IFSC

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