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Notícias

17 de julho de 2019

O sopão solidário da Iara une a comunidade e famílias na Jardim

Texto e fotos: Felipe Keller – reporter@afolhadosul.com.br

O ato simples de servir sopa quente às pessoas que vivem no bairro Jardim tem um significado imenso. A mentora e coordenadora desta ação solidária é Iara Cristina dos Santos, 44 anos, moradora do bairro, mãe de três filhos, profissão confeiteira autônoma. Desde 2017, todos os meses e estações está lá, com as amigas, fazendo e servindo a tão esperada sopa. O jornal A Folha esteve na terça-feira (2), na sede do Guarany, time de futebol do bairro, onde conheceu na cozinha, a Iara, e as colegas que a colaboram. Contra o desperdício, aproveita ao máximo os alimentos. O frio aumenta a demanda.

Iara serve sopa aos moradores do bairro Jardim na tarde de terça-feira

A sopa em quatro grandes panelas começa a ser servida por volta das 16h. Mas o serviço começa ainda pela manhã, na preparação dos ingredientes. O movimento aumenta depois das 17h. São adultos, crianças e idosos que saem de casa ou chegam do trabalho, com pequenos baldes, potes para serem servidos por Iara. Os alimentos doados pelos supermercados e fruteiras são: cenoura, couve, carne, brócolis, massas e, como ela mesma disse na frente das panelas “tudo é bem feito”.

Precisa de doações, “hoje não tinha batata”, por exemplo. Às vezes, para completar usa do próprio dinheiro, mas não reclama, o dinheiro vem do crochê que tece nas horas de folga. Determinada, voltou a estudar, está concluindo o ensino médio pelo Educação Jovens e Adultos (EJA). Espírita, faz tudo isso pela união familiar e não para combater a pobreza ou a fome. Experimentando uma pratada de sopa, conversando com as amigas de cozinha, falou alto, “tudo tem que ser aproveitado nada vai para o lixo” acrescentou.

Amigos se unem para preparar o alimento que beneficia famílias

A dona de casa, Dolga Ribeiro, 60 anos, foi uma das primeiras a chegar. Ela também colabora e vê a iniciativa como uma forma de unir a comunidade.

- Moro com meu marido, é uma boa ação o que está sendo feito, sempre que posso ajudar doo porque poucas pessoas fazem o que está se fazendo aqui – avaliou.

Neste dia não havia grande fila as pessoas chegavam aos poucos, aleatoriamente. Em uma hora foram duas panelas. Na pequena fila de três pessoas, a primeira era Terezinha, que levou sopa para o jantar do filho, sobrinho e irmã. Todos vivem no mesmo terreno em duas casas.  Ela resumiu: “é importante para a comunidade e sempre que posso venho”. De alguma maneira, quase todos os moradores do bairro já ouviram ou experimentaram a sopa de Iara.

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