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Colheita da soja na região Noroeste do estado – Foto Dionathan Rigo - Emater RS Ascar

21 de abril de 2020

Colheita da soja e vistorias de Proagro avançam no RS

Conforme avança a colheita da soja (84% da área) e as produtividades ficam abaixo da esperada, são realizadas as vistorias de Proagro nas lavouras gaúchas financiadas.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar no dia 16/04, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), as vistorias evidenciam áreas com plantas mortas devido à falta de umidade e às temperaturas altas e lavouras apresentando grãos pequenos e chochos. Na cultura da soja, até o dia 15/04, técnicos da Emater/RS-Ascar realizaram 8.900 vistorias de Proagro, 280 nos últimos sete dias. A totalidade de solicitações em culturas e hortigranjeiros chega a 14.013 vistorias.

As lavouras colhidas, afetadas pela estiagem, apresentaram baixa produtividade, aumento da incidência de grãos esverdeados, malformados e de tamanho reduzido, além de baixa umidade do produto colhido.

Colheita da soja na região Noroeste do estado – Foto Dionathan Rigo - Emater RS Ascar

FEIJÃO

Enquanto segue a colheita da soja e do milho no Rio Grande do Sul, a do feijão 1ª safra chega a 93% das lavouras cultivadas na região Sul do Estado, onde foram implantados 2.456 hectares, área menor que a esperada. O principal destino do feijão 1ª safra foi o abastecimento familiar, com comercialização de excedentes nos mercados locais. As perdas médias chegaram a 60% da produtividade esperada.

Já o feijão 2ª safra, cultivado especialmente as regiões de Frederico Westphalen e de Santa Rosa, a expectativa inicial de produtividade é de 1.800 quilos por hectare, apresentando até o momento perda média de 35%, podendo ser maior nas áreas que atualmente estão em floração e enchimento de grãos.

Atualmente na região Norte do RS 18% das lavouras de segunda safra de feijão estão em estágio de desenvolvimento vegetativo, 28% em floração, 36% em enchimento de grãos, 8% em maturação e 10% já foram colhidas.

As chuvas ocorridas na semana foram de baixo volume e praticamente não surtiram efeito na cultura e as perdas são inevitáveis devido ao prolongamento da estiagem na região.

Foto divulgação

ARROZ

No arroz, apesar da ocorrência de precipitações nas regiões produtoras, o tempo seco que predominou durante a semana favoreceu a colheita, que já alcança 81%. A produtividade esperada está em 8 mil quilos por hectare, reflexo das adequadas condições de desenvolvimento da cultura durante toda fase de cultivo. Em geral, o tempo tem sido favorável ao estado fitossanitário, resultando em cultivos com pouca incidência de doenças e insetos, além de proporcionar boa sanidade de folhas, colmos e panículas.

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ERVA-MATE

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a área cultivada com erva-mate é de 7.100 hectares. A colheita está em andamento e a produtividade é de 600 arrobas por hectare. O preço está em R$ 12,00/arroba. Na regional de Passo Fundo, a área implantada é de 1.110 hectares, com uma produção anual de 11.728 toneladas de folha verde, principalmente em Nova Alvorada, Machadinho e Capão Bonito do Sul. A produtividade média segue em 900 arrobas por hectare, enquanto que, nos ervais com maior aplicação tecnológica, varia de 1.800 a duas mil arrobas por hectare. Os tratos culturais intensificam a implantação da cobertura de solo para o inverno. Em função da reduzida precipitação no período, a colheita apresentou uma leve queda sem prejudicar a oferta de folha para a indústria. Devido à ampliação do período sem chuvas suficientes, a média foi de 15% de perdas de produtividade.

 

As mais recentes chuvas amenizaram as perdas e a erva-mate voltou à situação de normalidade, visto ser resistente a perdas por estiagem, se comparada a outras culturas mais sensíveis. Os novos plantios ainda não iniciaram em função de o solo não apresentar as condições ideais de umidade.

Mesmo com Covid-19, as indústrias ervateiras já operam em níveis próximos à normalidade. As mudas que serão plantadas em 2020 estão em franco desenvolvimento nos viveiros, passando pela fase de rustificação; neste ano, prolongada, em função da estiagem que irá atrasar as operações de plantio e de replantio.

O preço da erva-mate folha segue em R$ 13,50/arroba, entregue na indústria; a da cultivar Cambona 4 a R$ 15,00/arroba. A muda de erva-mate é comercializada a R$ 1,50/unid. A erva-mate cancheada é vendida a R$ 330,00/ton. e a cancheada com até 5% de palito a R$ 410,00/ton.

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PASTAGENS

As últimas chuvas ocorridas em todo Estado, embora não tenham alcançado os volumes ideais, propiciaram alguns rebrotes dos campos nativos e das pastagens cultivadas perenes de verão, melhorando um pouco as condições de pastejo. As pastagens cultivadas anuais de verão estão com seu ciclo produtivo praticamente encerrado e pouco têm a oferecer. Em todas as regiões, aumentaram consideravelmente durante a semana as áreas com implantação de pastagens cultivadas de inverno.

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BOVINOCULTURA DE CORTE

Nas diversas regiões do Estado, o gado bovino de corte apresenta redução do escore corporal em níveis maiores do que o esperado para esta época do ano. As condições sanitárias dos rebanhos são satisfatórias, estando em andamento as vacinações contra febre aftosa e clostridioses e o controle de parasitoses. Entre as práticas de manejo do rebanho, são destaque o desmame de terneiros e o diagnóstico de gestação.

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BOVINOCULTURA DE LEITE

O período de vazio forrageiro outonal, que acontece normalmente todos os anos, será mais prolongado neste ano, em decorrência das adversidades climáticas registradas em todo o Estado. Elas provocaram o encurtamento do ciclo das pastagens de verão e o atraso na implantação e desenvolvimento das pastagens de inverno, ocasionando maior redução na disponibilidade de massa verde e por mais tempo. A condição corporal e a produção leiteira dos animais mantidos predominantemente a pasto estão afetadas por essa situação, exigindo um maior aporte de suplementação alimentar para amenizar os seus efeitos; mas isto implica em um aumento dos custos.

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PISCICULTURA

As últimas chuvas ocorridas nas diversas regiões não tiveram volume suficiente para recuperar os viveiros, em relação ao déficit hídrico acumulado no período de estiagem. A Semana Santa, que costuma ser o período do ano de maior consumo de peixes, o volume de vendas no geral ficou abaixo do costumeiro, mas a utilização de formas alternativas de comercialização contribuiu muito para minimizar as frustrações.

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Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

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