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Itamara Wentz, mãe de Laura (13 anos) e Artur (3 anos): rotina completamente nova na casa

22 de junho de 2020

Crianças em casa em tempos de confinamento

Por: Felipe Keller - A Folha

A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina da maioria das pessoas, especialmente das crianças. Privadas de frequentar a escola e de manter convívio social com os amigos, elas foram forçadas a ficar em casa, ter aulas pela internet e, a melhor parte, ficar mais tempo com os pais. Nesse período de dificuldades, junto com o medo de alguém da família contrair a Covid-19, de não perder a fonte de renda que garante a sobrevivência da família, os pais podem ficar sobrecarregados, além de ter que gerenciar a presença dos filhos em casa.

Professora Solange Fries orienta alunos do 4º ano pela internet

De acordo com a pedagoga, Solange Fries, professora da Escola Sinodal Sete de Setembro, a reclusão em casa não é tarefa fácil de administrar, seja para os pais ou para as próprias crianças que precisam entender o que está acontecendo ao seu redor.

- Dar conta do trabalho, dos afazeres de casa, cuidar e ainda ensinar a criançada se tornou um grande desafio para muitas famílias – destacou.

Com essa nova realidade, desenvolver atividades dinâmicas e passatempos podem tornar esse momento menos estressante para os mais velhos e mais divertido para os pequenos. A saudade do convívio social dos colegas e amigos provocada pelo isolamento, podem tornar a rotina um tédio e, ainda, estressante.

- Organizar uma rotina em casa, com horário para estudo, almoço, descanso, lazer, tempo de brincar sozinho, torna o dia mais produtivo e o tempo menos ocioso – indica.

Solange vem aplicando as aulas de forma virtual aos seus alunos mantendo conteúdo programado no ano letivo. Sugere que, com todos em casa, a criança pode participar dos afazeres trazendo novos ensinamentos, como tirar o lixo, colocar os talheres a mesa, guardar os brinquedos, ajudar a prepara uma refeição.

 Brincadeira com as crianças

Com dias de chuva e frio ficar mais tempo dentro de casa acaba sendo inevitável. Por isso, brincar ao ar livre em dias de sol são importantes estimulando a convivência e os laços familiares.  Uma alternativa estimulante são as brincadeiras lúdicas e educativas, assim, segundo a pedagoga, a crianças “experimenta, descobre e inventa”:

- As brincadeiras além de serem um bom passa tempo, estimulam as áreas de desenvolvimento, pois podem aumentar a concentração, a coordenação motora e o raciocínio – enfatiza. Algumas das aprendizagens são a linguagem, no pensamento, na concentração, atenção, cooperação, iniciativa e autoconfiança.

Internet sites leitura

A dica é dosar o acesso a televisão e aparelhos eletrônicos como celular. Sem uma segunda opção estimulo para assistir algo educativo tornando a tecnologia um aliado. A canais e sites que disponibilizam atividades lúdicas e jogos.

- Interessante visitar plataformas que oferecem dicas de leitura, onde podemos encontrar contadores de histórias para os pequenos que os encantam com fábulas e contos de forma online – informa a professora. Uma outra alternativa é a escolha de aplicativos, aliados na alfabetização e também no raciocínio lógico.

Lista de brincadeiras para divertir as crianças

Pular corda, telefone sem fio, amarelinha, teatro de fantoche, teatro de sombras, jogo de tabuleiro que pode ser confeccionado em casa, jogo de mímicas, karaokê, massinha de modelar caseira, peteca, pião, passa anel, cinco marias, vivo ou morto, forca, jogo da velha, cabra cega, dança das cadeiras, esconde-esconde, desenhar, exercícios como polichinelos, patinação de meia, dança, quebra-cabeça de palavras, caixinha de imitar bichos - tipo a brincadeira de batata quente, vendar o olhos e acertar o alvo, estourar balões, chutar a bola dentro do pneu ou cadeira, corrida do ovo na colher, carrinho de mão humano, corrida de jornal – pisar somente sobre o jornal, organizar uma caça ao tesouro, pular saco, brincadeira do stop.

São muitas as opções para entreter as crianças

Ficar em casa neste tempo de pandemia tem sido bem desafiador para toda nossa família. Temos uma filha de 13 anos, que sente muita falta do convívio com os amigos e colegas, das atividades presenciais na escola. E também nosso filho de 3 anos e meio, ele deseja que o “coronavírus vá embora logo”, para assim voltar à escola e brincar com os coleguinhas.

A Laura é super independente nas atividades escolares, que ocupa bastante do seu tempo. Porém, o Artur precisa de atenção integral para desenvolver as atividades, que nem sempre são bem aceitas, pois “em casa não tem graça fazer os trabalhinhos, só na escola com a profe e os colegas é legal”.

A maior dificuldade para nós, enquanto pais, é não conseguir preencher a falta do convívio que os amigos fazem na vida deles, e que são tão importantes para a formação da personalidade de cada um. O tempo de isolamento já é bem grande, então o estresse algumas vezes é inevitável, mas com diálogo estamos tentando lidar com a situação.

Tive que mudar minha rotina, agora trabalho em casa durante a tarde para poder ficar com eles, enquanto a escola permanecer sem atividades presenciais. O trabalho home office com criança que exige sua atenção o tempo todo é bem cansativo, porém estamos aproveitando ao máximo para ficarmos juntos e fortalecer os vínculos.

Então nosso tempo preenchemos com atividades escolares, filmes, séries, jogos, desenhos, brincadeiras, conversas, culinária, risos, choros...mas muito, muito amor!

São tempos difíceis e estamos na torcida de que tudo passe logo. Mas, enquanto isso, devemos fazer a nossa parte e valorizar o que realmente vale a pena em nossa vida!

Itamara Wentz, mãe de Laura (13 anos) e Artur (3 anos): rotina completamente nova na casa

Diversificar para não ficara somente em frente às telas

A Laura está se saindo muito bem nas atividades escolares online. E ela está adorando ficar mais tempo em casa. Ela sente falta do contato pessoal com os amigos, de viajar e de ir ao shopping.

Para mim, está sendo um desafio diário, no início foi mais difícil acostuma-la a ficar em casa e criarmos atividades para preencher o tempo. Então, começamos a costurar, bordar, pintar, plantar na horta, para evitar que ficasse só na frente do computador, da TV ou no celular. Imagino que, tanto ela como eu, evoluímos muito com essa nova maneira de viver. Também estamos curtindo mais os nossos pets, inclusive adotamos mais um cãozinho!

E a Laura também está adorando cozinhar mais vezes com o Ricardo, no fogão a lenha.

Lizandra Hoehne crilu uma série de atividades para filha Laura, que sente falta dos convívio com os colegas e dos passeios

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