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5 de agosto de 2021
Fiocruz confirma mais quatro casos da variante Delta no RS
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou, nesta quarta-feira, mais quatro casos da variante Delta do coronavírus no Rio Grande do Sul. Os casos confirmados hoje referem-se a residentes de Gramado, Esteio e Sapucaia do Sul. No total, o Estado possui 11 registros confirmados com a variante e 34 identificados por sequenciamento parcial aguardando oficialização da Fiocruz.
Um dos diagnósticos confirmados ontem, de um residente de Gramado, já era considerado positivo pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), uma vez que apresentou o resultado em sequenciamento genético parcial realizado no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) somado ao vínculo epidemiológico com um caso confirmado por sequenciamento genético completo da Fiocruz. Referem-se aos dois primeiros registros da Delta no Rio Grande do Sul do dia 19 de julho.
O segundo caso positivo também é contactante do primeiro paciente confirmado em Gramado. As outras duas infecções identificadas nesta quarta-feira são de residentes de Esteio e Sapucaia do Sul. Todos os pacientes já estão recuperados e liberados de isolamento.
Até o momento, as infecções confirmadas são de moradores das cidades de Gramado, Esteio, Canoas, Sapucaia, Santana do Livramento e Nova Bassano.
Já os casos identificados por sequenciamento parcial, que aguardam confirmação da Fiocruz, são residentes de Alvorada, Canoas, Capão da Canoa, Caxias Do Sul, Esteio, Gramado, Guaíba, Montenegro, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Porto Alegre, São José dos Ausentes, São Leopoldo, Sapucaia Do Sul, Triunfo e Viamão.
De acordo com o especialista em saúde do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS), Richard Steiner Salvato, os casos de Delta já correspondem a 15% das amostras sequenciadas pelo Cevs na última semana, “demonstrando a rápida disseminação dessa variante de preocupação no Estado”. O Cevs tem analisado por volta de 200 amostras semanalmente.
Como a cepa Delta é identificada
A Delta, primeiramente identificada na Índia, é uma das chamadas “variantes de preocupação” (VOC, variants of concern na sigla em inglês), pois são variações que trazem alguma mudança no comportamento do vírus. A característica mais marcante da Delta, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade. Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.
O Cevs realiza, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e pelo Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), testes preliminares para a identificação desses casos suspeitos, incluindo sequenciamento parcial. As análises determinam se a amostra é uma provável variante de preocupação a partir da identificação de mutações específicas que são diferentes entre os tipos de vírus. Ao serem enviadas para a Fiocruz, as amostras passam por um sequenciamento genômico completo, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica com precisão a linhagem de cada amostra.
