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Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários atuam na ação | Foto: PC / Divulgação / CP

24 de agosto de 2021

Polícia Civil realiza nova ofensiva contra o Golpe dos Nudes no Rio Grande do Sul

Por Correio do Povo

A Polícia Civil desencadeou uma nova ofensiva contra o “Golpe dos Nudes” que tem enriquecido os criminosos. Na manhã desta terça-feira, a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID) do Departamento Estadual de Investigações Criminais deflagrou a operação Alfarrábio. Houve o cumprimento de 16 ordens judiciais, sendo sete prisões preventivas e nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Alvorada, Canoas, Viamão, Erechim e Charqueadas.

Os mandados foram executados ainda na Penitenciária Estadual do Jacuí, Penitenciária Estadual de Canoas III e Colônia Penal Agrícola, onde apenados aplicavam os golpes nas vítimas. A Brigada Militar e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) prestaram apoio na ação. Seis prisões foram efetuadas, sendo recolhidos cadernos com anotações sobre o golpe e telefones celulares, entre outros objetos.

A investigação da DRCID começou a partir de informações obtidas nas apreensões oriundas de casas prisionais. Os detentos, mediante anotações em cadernos, mantinham informações de vítimas, contas bancárias e até textos de roteiros sobre o que falar com elas.

Os apenados se passavam por policiais para amedrontar e extorquir as vítimas, montando falsos perfis em aplicativos com fotos inclusive de delegados. Após troca de imagens, as vítimas são obrigadas a pagarem aos criminosos para se livrar de suposta acusação do crime de pedofilia, evitando que as fotos das mesmas não sejam compartilhadas para familiares e amigos.

As investigações prosseguem e ao final do inquérito policial os suspeitos poderão ser indiciados pelos crimes de extorsão e associação criminosa, de acordo com as participações nos fatos apurados.

O crime conhecido como “Golpe dos Nudes” consiste inicialmente com o envio à vítima de solicitações de amizade por redes sociais de mulheres jovens e atraentes para homens, geralmente idosos. Em um segundo momento, via WhatsApp, compartilham fotos íntimas que serão posteriormente utilizadas na extorsão.

A vítima então passa a receber ligações dos supostos pais da menina ou dos falsos policiais civis que o acusam de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente. Na extorsão, os ditos “familiares” exigem valores para não denunciarem a vítima à polícia ou os falsos delegados exigem uma quantia para arquivar os supostos inquéritos.

Os golpistas em alguns casos reproduzem o ambiente de uma delegacia com banners, camisetas, armas e insígnias da Polícia Civil, todas falsificadas, visando dar veracidade ao golpe e conseguir extorquir o valor exigido das vítimas.

Entre 1º de janeiro e 15 de agosto deste ano, a Polícia Civil já indiciou 87 pessoas pelo crime de extorsão sexual com o “Golpe dos Nudes”. No mesmo período, 24 pessoas foram presas, sendo que 12 permanecem recolhidas ao sistema prisional.

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