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Manifestação na RSC 453, km 153, na Rota do Sol | Foto: Fábio Carnesella / Grupo RSCOM / Divulgação / CP

9 de setembro de 2021

Após protestos e bloqueios por caminhoneiros, rodovias do RS começam a ser liberadas

Por Correio do Povo

Rodovias estaduais e federais do Rio Grande do Sul começaram a ser liberadas, após mobilização dos caminhoneiros, no fim da manhã desta quinta-feira. Desde as primeiras horas do dia, grupos de motoristas protestaram e bloquearam parcialmente e totalmente as principais vias do Estado. Em alguns estados, a mobilização ocorre desde a quarta-feira.

Na região Sul do Estado, conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a paralisação dos caminhoneiros começou a se desmobilizar na manhã desta quinta-feira. Um dos pontos de mobilização fica no km 66 da BR 392, em um posto de combustíveis. Não foram registrados bloqueios nas estradas da região. Dos aproximadamente 100 caminhões parados, por volta das 10h30min, mais de 40 já tinham saído da rodovia. A mesma situação ocorreu no posto de combustíveis situado no km 481 da BR 116. Por volta das 10h45min, a PRF informou que o trânsito estava fluindo normalmente nas rodovias.

Serra gaúcha

Na Serra, caminhoneiros seguem mobilizados em vários pontos de rodovias da região. Em Flores da Cunha, o protesto ocorre no km 96 da RS 122. No local os caminhoneiros são abordados e convidados a aderir ao movimento. Veículos leves estão sendo liberados. Há mobilização de caminhoneiros também no km 64 da RS 122, em Forqueta, entre Caxias do Sul e Farroupilha. Na RSC 453, no km 153, na Rota do Sol, os manifestantes haviam interditado a via impedindo o tráfego para caminhões e veículos de passeio, permitindo a passagem apenas de ambulâncias. O trânsito foi liberado após às 11h desta quinta-feira.

Fronteira-Oeste

Já na Fronteira-Oeste, diante do temor de desabastecimento, todos os postos de combustíveis de Uruguaiana estão lotados desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira. A espera média é de meia hora na fila para conseguir abastecer. Os funcionários alertam para o risco enfrentado devido à paralisação dos caminhões. Os bloqueios montados em Itaqui e Alegrete na quarta-feira foram dissolvidos pela PRF na manhã desta quinta-feira. Em Uruguaiana não houve manifestação da categoria até o momento.

Vale do Sinos

No Vale do Sinos, a manhã desta quinta-feira tem sido de grande movimento nos postos de gasolina de diversas cidades. Mesmo sem a confirmação de que faltará combustível, muitos motoristas estão fazendo fila nos estabelecimentos das cidades de Sapiranga, Campo Bom e Novo Hamburgo para abastecer. A espera passa de 30 minutos em alguns pontos.

Em Dois Irmãos, houve bloqueio na BR 116, no trevo de acesso à cidade. Motoristas enfrentaram filas das 10h até por volta das 11h30. A categoria se dispersou para estudar a possibilidade de bloquear novamente a estrada ao final do dia.

Vale do Paranhana

Foi registrado bloqueio na ERS 239, em Taquara, no km 49, próximo ao acesso à ERS 115. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), inicialmente, a interrupção era de alguns minutos e, depois, o trânsito era liberado. Porém, com um maior movimento a partir das 8h, o bloqueio chegou a ser total nas pistas principais da rodovia. No final da manhã desta quinta-feira, os caminhões estão no acostamento da rodovia, mas sem interromper o fluxo de veículos.

Vale do Rio Pardo

A mobilização dos caminhoneiros no entroncamento da RSC 287 com a BR 471, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, permanece desde a tarde de quarta-feira. No início da manhã desta quinta-feira, motoristas de caminhões são convidados pelos líderes do movimento a parar e há veículos no acostamento. Aqueles que carregam carga viva, alimento perecível e medicamentos não têm a necessidade de parar. O trânsito no local é lento, com formação de filas, principalmente em direção à Candelária.

Uma das lideranças envolvidas na manifestação, Sebasthian Pereira, informou que não há previsão de término do ato. Ele disse que outros segmentos e empresários auxiliam com alimentos e água. No local, também há banheiros químicos e até um guindaste com a bandeira do Brasil. As principais pautas são a contrariedade com a alta dos combustíveis e as ações do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Comando Rodoviário da Brigada Militar e a Força Tática da Brigada Militar estão no trecho acompanhando as ações. Pela região, o bloqueio total no km 415, na BR 153, em Cachoeira do Sul, foi encerrado por volta das 9h30.

Os postos de combustíveis de Santa Cruz do Sul também registram aumento na procura por abastecimento de veículos, inclusive com formação de filas em alguns momentos. Em pelo menos um deles o estoque de gasolina acabou no início da manhã desta quinta-feira e não há previsão de reabastecimento, o que vai depender dos bloqueios nas estradas.

Motoristas ficaram retidos em postos de combustíveis

Em entrevista à Rádio Guaíba, o chefe de comunicação da PRF-RS, Felipe Barth, informou que houve registros de caminhoneiros retidos em postos de combustíveis, impedidos de continuarem viagem. Desde a manhã de hoje, os agentes têm atuado para dispersar estes motoristas. "Acabamos de liberar algumas dezenas de caminhoneiros que estavam retidos em Camaquã", contou.

"Paralisação de forma pacífica a PRF entende que é legal, mas impedir que alimentos e logística cheguem ao seu destino não vai ser permitido. Vamos agir contra essas ações e outras não pacíficas", pontuou Barth.

Governo federal busca desmobilizar atos

Depois de uma madrugada de bloqueios nas estradas feitos por caminhoneiros que o apoiam, o presidente Jair Bolsonaro irá se reunir ainda na manhã desta quinta-feira (9) com representantes da categoria, disse o presidente a apoiadores em uma informação posteriormente confirmada pelo Ministério da Infraestrutura.

Ontem, o governo de Bolsonaro apelou aos caminhoneiros que interrompam os bloqueios nas estradas do Brasil, já registrados em 15 estados. "Reconheço o trabalho que eles fazem, mas acredito que a paralisação não interessa a nenhum de nós", disse o presidente em um áudio enviado a apoiadores. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também publicou vídeo para confirmar a veracidade do áudio do presidente e enfatizar que uma paralisação prejudicará a economia do país.

*Com informações dos correspondentes Celso Sgorla, Angélica Silveira, Fred Marcovici, Stephany Sander e Otto Tesche

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