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Entrevista coletiva à imprensa foi realizada nesta manhã | Foto: PC / Divulgação / CP

8 de novembro de 2021

Polícia Civil prende advogado suspeito de estuprar três crianças em condomínio de Canoas

Por Correio do Povo

A Polícia Civil revelou nesta segunda-feira que investiga um terceiro caso de abuso sexual contra crianças, além dos outros dois anteriores, que teria sido cometido pelo morador um condomínio residencial de Canoas. Hoje, uma entrevista coletiva foi realizada na 2ª Delegacia Regional de Polícia Metropolitana (2ª DPRM), na Central de Polícia, para esclarecer mais alguns pontos da situação.

O suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e apresentou-se com um defensor à Polícia Civil. O interrogatório dele poderá ocorrer ao longo desta semana. O morador, que encontra-se recolhido no sistema prisional, está sendo investigado por suspeita de estupro de vulnerável. No final desta tarde, o advogado Samuel Aguiar da Cunha, defensor dele, fará uma entrevista coletiva online à imprensa.

Investigação 

Encarregado do inquérito, o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, delegado Pablo Rocha, calculou que a investigação já dura cerca de 50 dias, iniciada após uma das famílias perceber os sinais na filha. “Todas as medidas e recursos vão ser usados”, destacou. “Conseguimos reunir um bom substrato de provas. Colhemos elementos de prova”, ressaltou, referindo-se ao cumprimento de um mandado judicial de busca e apreensão cumprido no imóvel do suspeito durante o trabalho investigativo. O material já foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias.

Um cartão de memória de uma câmera digital no imóvel teria sumido durante o cumprimento da ordem judicial de busca e apreensão, mas a defesa do suspeito nega que a companheira do suspeito tenha se desfeito do material. “Este tipo de crime me deixa indignado, pois provoca um dano imenso à vítima e se reflete na família. Considero gravíssimo os crimes ocorridos”, afirmou o delegado. O titular da DPCA disse também que a investigação prossegue para apurar “todas as circunstâncias e detalhes” deste caso. “O fato já temos bastante provado”, lembrou.

Sobre a suposta participação da companheira do suspeito, o delegado Pablo Rocha adiantou que ela poderá ser objeto da investigação. “Temos detalhes que temos de confrontar, mas é uma possibilidade sim", admitiu Rocha.

Conforme o delegado Rocha, os relatos das vítimas “são convergentes e com detalhes que emprestam total veracidade” à denúncia contra o suspeito. Os abusos teriam começado a partir de 2016. "Seria absolutamente leviano eu afirmar a existência de novas vítimas, mas não descartaria esta possibilidade “, assinalou.

Famílias

A mãe de uma das vítimas falou com a reportagem do Correio do Povo no lado externo da Central da Polícia, após a entrevista coletiva à imprensa da Polícia Civil. Ela defende que a companheira do suspeito também seja investigada.

Ao falar sobre o caso, a diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegada Adriana Regina da Costa, salientou a necessidade de se preservar as vítimas nestes episódios. “São casos que temos de ter a maior preservação das vítimas a fim de que elas não sejam revitimizadas. É uma das preocupações que tem a Polícia Civil”, frisou.

Já o diretor da 2ª DPRM, delegado Mario Souza, observou que o combate à pedofilia é prioridade na investigação da Polícia Civil, lembrando que a operação Inocência acontece desde 2019 na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Sempre trabalhamos muito forte contra este tipo de crime. Não podemos permitir a impunidade”, enfatizou. “Os casos de pedofilia são todos muitos graves”, resumiu. “As pessoas que são presas neste tipo de crime geralmente têm uma proximidade com as vítimas, que quase sempre cai em uma armadilha mental que os criminosos utilizam”, observou o delegado Mario Souza, citando eventuais ameaças feitas para não contarem os abusos sexuais.

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