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17 de dezembro de 2021
Demanda represada pela pandemia está causando superlotação nos hospitais de Passo Fundo
Por Rádio Uirapuru
Ainda na última quarta-feira, o Hospital São Vicente de Paulo emitiu um comunicando alertando para a superlotação do setor da emergência em Passo Fundo. Diante do quadro, o HSVP atende somente os casos com potencial risco ou agravo à saúde. Os demais atendimentos, que não forem de extrema urgência, devem ser solicitados nas demais unidades de saúde da cidade.
O HSVP salientou que a superlotação não se deve a Covid-19, mas a outros problemas de saúde que atingem a população. Há também alta demanda no Hospital Municipal de Passo Fundo para consultas.
Em entrevista, a Dra. Josiane Diehl Moia, responsável técnica pela Unidade Emergência e pelo Núcleo Interno de Regulação do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo (NIR), reforçou que não se tratam de atendimentos ligados ao Coronavírus, tranquilizando a população. Conforme a médica, a superlotação vem aumentando há dias e ainda não deu trégua. Por enquanto segue o protocolo de atendimento somente de casos graves.
São diferentes doenças acometendo os pacientes e a equipe acredita que trata-se de casos represados pela pandemia, quando as pessoas não procuravam atendimento médico. É um fato inesperado para a época do ano, pois em dezembro sempre há menor procura por atendimentos, concentrando apenas questões de acidentes e casos mais sérios.
O Dr. Juarez Dal Vesco, diretor técnico do Hospital de Clínicas (HC), também reportou que o hospital sofre com alta demanda neste momento. Disse que o HC passou períodos muito difíceis na emergência. Há reformas em andamento e isso obrigou as equipes a irem em a uma área mais distante. Paralelo a isso casos graves aumentaram nos últimos dias.
O médico pediu que a população não busque atendimento para consultas simplesmente, pois a emergência está focando atendimento de casos graves. Essa é uma situação que está acontecendo no Estado todo. Isso porque o HC está recebendo muitos pacientes na chamada Vaga Zero. São pacientes em casos graves, que estão em hospitais sem condição de atendimento. O Estado designa então este paciente para um hospital com melhores condições. Isso está atingindo Passo Fundo e inflando o sistema de saúde local.
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