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Notícias

19 de janeiro de 2022

Carazinhenses tem consumido 4 milhões de litros de água a mais por dia

Por Diário da Manhã

O consumo de água em Carazinho cresceu 21% nos últimos dois meses. Conforme o engenheiro da Companhia Riograndense de Saneamento – Corsan, Rudney Cracco, de novembro de 2021 para janeiro de 2022 houve um salto dos 19 milhões de litros de água consumidos diariamente para 23 milhões de litros/dia. Segundo o engenheiro, em novembro do ano passado o consumo já tinha demonstrado um pequeno aumento se comparado a outubro e acelerou em dezembro e nestes primeiros dias de janeiro. Conforme o profissional é comum que no verão haja um acréscimo no consumo, mas as altas temperaturas das últimas semanas somadas, a estiagem e a pouca umidade no ar tem puxado o consumo demasiadamente.

Segundo Cracco, embora o Rio da Várzea ainda esteja em boas condições de captação, o sistema de tratamento e a distribuição estão operando muito perto de seus limites.  “O município de Carazinho, é muito bem abastecido de água. O Rio da Várzea é um rio muito estável, mesmo com toda esta seca ele não apresenta deficiência de volume. Claro que tem uma redução natural de água correndo, mas a disponibilidade em termos de abastecimento é praticamente inalterada. Não temos nenhuma interferência, e nem previsão de ter que fazer algo. O histórico do Rio em Carazinho mostra isto, já passamos por outras secas no Estado e o rio aqui se manteve, o que demonstra uma boa preservação dele e seus afluentes” cita o engenheiro.

Cracco explica, no entanto, que diferente da captação do Rio Várzea, os poços artesianos que a Companhia tem na cidade para auxiliar no abastecimento em casos de necessidade, diminuíram suas vazões, e momentaneamente não tem sido utilizados.  Nos últimos dias a Companhia tem enfrentado problemas com vazamentos. O profissional explica que com o solo muito seco e com a pouca umidade, embora não seja perceptível aos olhos a terra vai ficando cada vez mais compactada e isso faz com os materiais como tubulações trabalhem, de modo que tal fricção acaba por vezes gerando rompimentos. Ele explica que parte dos vazamentos não afloram, e por consequência ficam mais difíceis de serem identificados. Cracco cita que diante de um sistema bastante demandado, qualquer fuga altera a pressão e notoriamente sua percepção fica mais sensível aos consumidores, seja com a pressão que água chega às unidades, ou até mesmo com a falta pontual de água dependo do tamanho do vazamento. Somado a isso, os rompimentos de rede quando interrompem totalmente ou diminuem o fluxo de água, criam os chamados bolsões de ar no sistema, e tal pressão por vezes provoca novos rompimentos.

Durante o dia, são três os horários de pico de consumo, nestes horários é que são consumidos a maior parte dos 23 milhões de litros que estão sendo demandados pela cidade. Conforme Cracco, os níveis dos reservatórios tem as maiores reduções nas faixas de horários entre 7h e 9h, das 11h às 14h e das 18h às 22h30. Diferente de outros verões onde esta última faixa de demanda que se acentua a partir das 18h seguia por cerca de duas, nestes dias de temperaturas mais altas tem se estendido por mais tempo.

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