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23 de março de 2022

Dia nacional do piso dos professores: uma luta constante

Por: Amélia Freitas

Uma categoria que vive uma luta constante, busca por melhores condições de trabalho e do seu piso salarial. Sim estamos falando dos professores. O dia 23 é dedicado ao Piso Salarial dos Professores, um assunto com pauta recorrente por fatores como a recusa de algumas administrações a pagar os reajustes feitos.

Recordando

No início de fevereiro, o Presidente Jair Bolsonaro anunciou um reajuste de 33,4% para o magistério, com isso o salário deveria chegar a R$ 3.845,63, ênfase no deveria. Algumas cidades estão se recusando a pagar o reajuste de forma integral com as mais variadas justificativas.

Piso magistério nacional

Cerca de 11 cidades da região integram o Cpers sindicato no Núcleo de Carazinho. A unidade tem como diretora Adélia Menezes dos Santos, professora aposentada, que lecionou durante 32 anos. Para ela, o piso nacional é uma conquista do magistério.

Nós lutamos durante muitos anos para chegar a ter um piso nacional. Em 2008 aconteceu a aprovação. Só que aprovação do piso nacional foi, e é contínua, sendo importante para toda a categoria. Mas não basta ter uma lei aprovada […] mas a diferença é que a gente aplica essa lei no dia a dia da escola pública.

Com o anúncio do reajuste o Governo Estadual informou não ter condições de fornecer esses reajustes.

Por causa desses 33,4% do piso que deveria ser pago, o governador de novo disse que não iria pagar e a proposta que ele fez foi uma proposta indecente […] hoje a gente tem toda a verdade para dizer que é um governador mentiroso […] ele disse que deu um reajuste para a categoria, mas isso não é real. O que ele deu para a categoria foram índices diferentes de aumento […] aonde a grande maioria da categoria só recebeu 5,53% que foram os aposentados.

Plano de Carreira

Mas a indignação da categoria com o governo do estado não está restrita apenas ao piso. Mas no plano de carreira do magistério.

Para conceder o “aumento salarial” o governo alterou o plano de carreira dos professores, que já não estava “lá essas coisas” — explicou Adélia dizendo que o governador Eduardo Leite manteve os cinco níveis de carreiras, mas congelou o que já havia sido conquistado em duas parcelas autônoma e de irredutibilidade.


Quando os professores faziam cursos de atualização, buscavam mais formas de conhecimento eles subiam de classe. Isto gerava um aumento de 15% nos ganhos. Com o plano de Leite isso foi alterado e passou a não ser mais incorporado no salário. E o que não é contabilizado dentro do pagamento não conta na aposentadoria deixando a categoria com um valor basicamente igual de um professor iniciante.

Mas piso salarial, plano de carreira são alguma das muitas batalhas travadas. Há outras como o novo ensino médio e as ressalvas feitas pelo Cpers, condições de trabalho entre outras.

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