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Notícias

25 de março de 2022

Mulheres sentem o impacto da inflação e não esperam recuperação da economia este ano

Pesquisa Radar Febraban realizada no Sul mostra que impacto sobre preço de alimentos e outros produtos de consumo doméstico preocupa 88% das entrevistadas.

Agravada pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, a crise preocupa as mulheres e faz com que elas não tenham grande expectativa com relação à recuperação da economia ainda em 2022. No Sul, apenas 13% delas apostam nessa recuperação este ano; outras 60% acreditam na retomada somente a partir de 2023.

Porém, a esperança entre o público feminino de uma recuperação da situação financeira familiar é maior: 32% pensam que isso acontecerá ainda este ano e outros 44% aguardam essa melhoria apenas em 2023.

Essas expectativas foram reveladas pela mais nova rodada da pesquisa Radar FEBRABAN na região Sul, realizada exclusivamente com a população feminina, entre os dias 19 de fevereiro e 2 de março.

Conforme a pesquisa, 21% esperam que a recuperação do país deve acontecer ainda este ano; e 51% projetam essa retomada apenas em 2023.

A alta da inflação é definitivamente uma preocupação das mulheres na região: 95% delas detectaram uma elevação muito alta do preço dos produtos de 2021 para 2022, e 73% apostam no aumento da inflação e do custo de vida. Para elas, o maior impacto da inflação será no consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico (88%), enquanto para 44% existe a preocupação com a pressão inflacionária sobre o preço do combustível.

Elas esperam um aumento de 36% do desemprego nos próximos seis meses; 43% apostam numa diminuição do poder de compra; e 75%, no aumento da taxa de juros.

Na pesquisa, 32% falaram que haverá aumento no acesso ao crédito das pessoas e empresas. Para eventuais sobras do orçamento familiar, 29% pretendem aplicar na compra de imóvel e 27% em outros investimentos bancários.

Avaliação dos bancos -- segundo a pesquisa, a confiança das mulheres nos bancos atinge 59%. Nas empresas privadas em geral, essa confiança é de 57%.

Golpes

Embora os golpes envolvendo instituições bancárias ganhem o noticiário, a maior parte das entrevistadas afirmou não ter sido vítima de qualquer deles (apenas 26% passaram por algum tipo de experiência do gênero). Entre aquelas que afirmaram ter sido vítimas, a clonagem ou troca de cartão (47%) e o envio de Whatsapp com pedido de dinheiro (32%) são os golpes mais recorrentes.

—Com o recuo das estatísticas mais negativas da pandemia e o retorno às atividades presenciais do comércio, prestação de serviços, educação e outras, o cenário do país indica o início da retomada e recuperação. Mas esta pesquisa RADAR FEBRABAN mostra que o cenário econômico adverso está contaminando as expectativas de recuperação, particularmente diante dos efeitos da guerra na Europa—, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.

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