Passo Fundo/RS: Chuvas esparsas
Carazinho/RS: Chuvas esparsas
Passo Fundo/RS: Chuvas esparsas
Carazinho/RS: Chuvas esparsas

Notícias

26 de junho de 2022

Novo aumento dos combustíveis gerar impacto no setor de alimentação

O preço dos combustíveis volta a subir para aflição de muitas pessoas. O reajuste foi de 5,18% na gasolina e 14,26% no diesel. Na data de produção de desta matéria (21/6) os valores encontrados nos postos de Não-Me-Toque foram:

Posto 1:

Gasolina comum R$ 7,08

Diesel comum R$ 7,30

Diesel S10 R$ 7,45

Posto 2:

Gasolina Comum R$ 7,19

Diesel Comum 7,47

Diesel S10 R$ 7,19

O diesel estava sem reajuste há cerca de 39 dias, com os novos valores, como se pode ver, ultrapassou a gasolina que não era alterada desde 11 de março.

Setor dos alimentos

O reajuste dos valores do combustível gera um efeito cascata, influência nos mais variados setores da economia, impactando o bolso dos consumidores, em especial na alimentação. Com isso, o carrinho de compras fica cada vez mais vazio. Para quem atua no setor o cenário é ainda mais frustrante.

Álvaro é um dos muitos empresários que sofre com os aumentos

Álvaro Luís Matte da Costa, proprietário de uma hamburgueria na cidade, conta que houve um aumento em 90% dos componentes usados na produção dos lanches.

— Na minha experiência de compras, desde o começo do ano, tivemos aumento médio de 30%, mas alguns produtos chegaram a 100%. O que obviamente fica muito difícil repassar aos clientes. Só mesmo de forma gradual para não inviabilizar o negócio— relata o empresário.

Ao precisar subir o preço de um hamburguer, por exemplo, há um risco alto de retrair ainda mais o número de vendas. Essa passagem de valores de forma escalonada ajuda a não “assustar os clientes”.

O peso dessa conta chegou nas tele-entregas também, mesmo com a terceirização do serviço Álvaro prevê que haverá novos ajustes de valores.

O poder de compra da população vem reduzindo constantemente. Automaticamente, muitas famílias passam a priorizar apenas o básico, deixando de consumir produtos.

Leite

O leite atingiu o preço mais alto já registrado. Na esteira do agro, que foi supervalorizado desde o início da pandemia, e impulsionado pelo reajuste nos combustíveis, o consumidor está sem alternativa para substituir o

O preço do leite tem assustado os clientes a cada compra

produto. Os preços em Não-Me-Toque alcaçaram valores acima de R$ 6,00 e podem subir assim que o novo custo do frete for repassado aos novos estoques.

Segundo o produtor Maiquel Junges, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, esse aumento para o consumidor não é culpa do produtor, que está recebendo da indústria entre R$ 2,00 e R$ 2,70 pelo litro.

—O preço do combustível afeta direta e indiretamente o produtor, na produção de silagem, no manejo e também na compra de insumos como o calcário e o adubo empregados na produção de pastagem e silagem. No entanto, não conseguimos cobrar da indústria esse aumento de custo— relatou.

É possível que o valor cobrado do consumidor sofra o impacto do custo do transporte e outros da indústria.

—O produtor quando vai comprar insumo pergunta quanto custa e quando vai vender seu produto tem que perguntar quanto vão pagar. Nós não conseguimos colocar preço no nosso produto— desabafa Maiquel Junges.

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir