6 de agosto de 2022

Meu Momento

365 dias em um ano, 24 horas em um dia e uma mente capaz de fugir do momento presente para lugares inimagináveis. Esta é a nossa rotina. Estamos constantemente nos inserindo em um espaço/tempo com o qual não nos identificamos completamente.

No livro “O Poder do Agora” de Eckhart Tolle, podemos aprender lições valiosas que envolvem a nossa capacidade de atribuir importância e a compreensão de que o nosso cérebro é um órgão passível de inúmeras falhas.

Assim como nossos rins filtram o sangue e o nosso coração o bombeia à todos os órgãos, uma das nossas funções cerebrais é a produção de pensamentos. Toda e qualquer experiência sensorial vivida é convertida em impulso elétrico que integra as sinapses neuronais, ou seja, tudo o que você experimenta a todo instante se transforma em informação nova no seu lobo frontal. Fala-se que a mente é capaz de produzir cerca de 70 mil pensamentos em um dia, e a maioria deles são de cunho negativo. O livro de Tolle nos convida à observação. Passamos a observar nossos pensamentos com imparcialidade, a fim de perceber o quanto produzimos de conteúdo inútil.

A partir do momento em que nos colocamos como “Eu observador” devemos perceber que NÃO SOMOS AQUILO QUE PENSAMOS. Estamos muito além daquilo que presumimos como nossa identidade e estamos sendo constantemente afetados por uma mente barulhenta e agitada.

Como o nome do livro diz, existe um poder, e qualquer poder parte de uma ação. O Poder do agora é a capacidade de estar imerso por completo no momento presente, extraindo dele toda a informação e experiência possível. Experimentar a vida com prazer é o que a maioria das pessoas não faz. Devemos transformar nossa única certeza — o momento presente — no instante primordial da existência, para que possamos enxergar a vida da maneira como ela merece ser enxergada.

O ensinamento do livro é incontestável por que não há como negar a tendência que temos em remoer os erros do passado ou nos transportar para um futuro onde tudo dará certo. Isso que estamos fazendo é prejudicial e equivocado.

TAGS: Bruna de Souza, Coluna literária