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A demanda represada no setor imobuliário de locação implsiona outro setor: a construção civíl. Fotos: Amélia Freitas

7 de agosto de 2022

Mercado imobiliário segue aquecido em Não-Me-Toque

A cidade de Não-Me-Toque está em constante evolução. Os índices de empregabilidade local abrem o leque para que muitas pessoas busquem o município para moradia. Mas a demanda por imóveis de locação, apesar do avanço nos empreendimentos, não consegue acompanhar essa evolução.

Essa necessidade fica perceptível em um determinado grupo do Facebook destinado a alugueis na cidade. Entre os dias 3 e 31 de julho havia 26 publicações solicitando imóveis, destes 21 eram apenas de pessoas requerendo casas, o restante em busca de apartamentos ou quitinete.

Embora expressivo, esse número não representa a totalidade de busca por aluguel na cidade. O corretor Edson Heller, que trabalha no setor imobiliário há 12 anos, explica que esta é uma situação atípica, em que a demanda superou a oferta.

Edson relata que a demanda reprimida está tão grande que levou a imobiliária a gerenciar imóveis em cidades vizinhas

— Neste momento não temos nenhum imóvel disponível. Estamos com uma lista de espera de 50 pessoas—, relata Edson.

A defasagem na disponibilidade de locação não é exclusividade de uma ou duas imobiliárias, mas da grande maioria. São raras as que possuem algum tipo disponível.

Essa procura acentuada aquece um outro setor econômico, o da construção civil.

Construção civil acelerada

Se o número atual de imóveis disponíveis não supre a demanda, a alternativa é investir em construção. Marcelo Mânica, engenheiro civil e proprietário de uma construtora reconhece o crescimento no setor.

—Estamos acabando um dos nossos empreendimentos, esquina da praça, com 95% das unidades vendidas—, relata Mânica.

A construtora já está com um novo empreendimento sendo prospectado, no momento está em fase de conclusão de aprovação do projeto na prefeitura. Diferente do prédio que está sendo concluído, onde é possível encontrar uma variada gama de unidades (com 1, 2 e 3 dormitórios) o novo projeto traz dois modelos de apartamentos com dois dormitórios, e um segundo modelo um pouco mais compactado, com área que facilita o financiamento em programa habitacional, pensado nesse novo público que busca lugares com menor metragem.

Heller destaca que muitos destes interessados são moradores semanais, ou seja, pessoas que possuem um vínculo trabalhista na cidade, mas que, ao fim de semana retornam a sua cidade de origem, então esses imóveis de menor tamanho atenderiam bem a esse público.

Essa avaliação se dá por fator simples. Hoje, muitos imóveis são construídos pensando em locação, mas até então, os empreendimentos imobiliários não foram pensados para isso. A maior parte são de unidades maiores, com serviços incluídos que estabelecem valores mensais fora da renda desses trabalhadores. Então, ocorre que eles não vêm residir em Não-Me-Toque com a família.

Investimentos

Essa demanda alta pode ser considerada um termômetro para medir o avanço na cidade, pois ela permite que haja mais investimentos no setor e, consequentemente, em outros também, gerando um efeito cascata.

—Em nossos empreendimentos temos uma gama de 80% imóveis para residência própria e 20% de investidores. Mas o que acontece, o investidor deixa para o final para ver se ele vende ou aluga. Como o dinheiro está sendo desvalorizado no banco, o dinheiro está diminuindo voltou a procura muito grande por imóveis e eu tenho uma grande maioria de clientes que acaba alugando—, explica o Marcelo.

Prospectando essa nova gama de clientes, a construtora de Marcelo projetou para seu novo empreendimento imóveis compactos

O efeito cascata segue gerando maior oferta de emprego na área, que já sente falta de mão de obra especializada. Também há a compra de insumos para o setor, alimentação de funcionários entre outros.

— Nós temos uma demanda reprimida que no início do ano aumenta com a Expodireto. Com essa falta de imóveis, os municípios ao redor acabam acomodando essas pessoas, seja na feira ou no dia a dia—, relata Edson Heller.

Ele explica ainda que atualmente a imobiliária já administra imóveis em cidades vizinhas devido à alta procura.

 

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