16 de março de 2006

Expodireto Cotrijal chega ao fim

Foram praticamente doze meses de preparativos – tão logo termina uma edição, já iniciam os trabalhos para a próxima – permeados de muita ansiedade com relação aos resultados. O sentimento, durante o dia de ontem, era de alívio para os organizadores e mais otimistas para os expositores, afinal, o público veio – em torno de 120 mil pessoas , olhou, perguntou, participou das atividades e até comprou.
A maior conquista, que poderia ter vindo na pasta do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que anunciou cancelamento da visita na noite de quinta-feira. A política econômica do Governo Lula está voltada para a eleição deste ano – prova maior é a ausência do Presidente que preferiu percorrer o Nordeste, onde o povo não faz pergunta nem cobra solução, porque só sabe esperar e ganhar. A maior conquista da Expodireto Cotrijal 2006 está em ter semeado a volta do otimismo para o setor de negócios agrícolas.
O foco da feira foi a mobilização e a decisão de unir as vozes, e as forças, não para buscar soluções paliativas, mas sim para lutar por soluções estratégicas, que coloquem o agronegócio no seu devido lugar de importância. Buscar o apoio da população urbana e eleger deputados comprometidos com a causa já estão sendo articulados. Focar a pauta de reivindicações e aumentar a pressão é outro ponto que ficou claro para lideranças e produtores rurais.
A Expodireto Cotrijal termina hoje (17); o agronegócio não, especialmente, porque dele depende o País.
O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, que cumpriu uma agenda com até 20 horas diárias de compromissos, durante cinco dias, terá dificuldade de desligar o “motor”. Se a Expodireto faz fervilhar de idéias a mente de um cidadão comum; produz um turbilhão em quem está à frente desse magnífico projeto. Leia sobre a Expodireto nas páginas 3, 7, 8 e 9 do jornal A Folha.