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Notícias

9 de outubro de 2008

Pesquisa de verdade

Apesar da indignação de quem aparece atrás nas pesquisas eleitorais – via de regra é o que ocorre sempre, em Não-Me-Toque, Porto Alegre ou São Paulo -, as pesquisas sempre estão certas. “Conhecendo a opinião de mil eleitores, poderemos projetá-la para 1 milhão”. Quem diz isto é o professor de probabilidade e estatística na PUCRS, Hélio Radke Bittencourt.
Ainda segundo o professor, a teoria que sustenta a projeção de resultados amostrais para toda a população permite não só estimarmos o resultado da eleição, como também atribuirmos probabilidade de acerto às estimativas. Tais probabilidades de acerto são geralmente iguais ou superiores a 95%, mas raramente ultrapassam a 99%.
Foi exatamente o que ocorreu com a pesquisa divulgada pelo Jornal A Folha, dia 3 de outubro, contratada do Instituto Methodus, que realiza pesquisa para o jornal Correio do Povo de Porto Alegre.
Realizada nos dias 22 e 23 de outubro, a pesquisa mostrou que 50,8% dos eleitores votaria no Dr. Piva e 37% votaria no Gilmar. Uma diferença de 13,8%.
Dos votos válidos, Dr. Piva ficou com 55,05% e Gilmar com 41,57%. A diferença é de 13,48%.
Se aplicarmos o índice de preferência do eleitor sobre o percentual de indecisos, que era de era de 9,5%, teremos um número que corresponde exatamente ao alcançado pelos candidatos desta eleição.
O Jornal A Folha já fez pesquisa outras vezes, com a mesma seriedade com que pauta a linha editorial, porque nosso maior patrimônio é a credibilidade.
Corremos o risco de que alguns gostem e que outros não, especialmente se os números não lhes são favoráveis. Mas não corremos o risco de errar acima da margem estabelecida cientificamente.
Em 18 anos fazendo jornal em Não-Me-Toque, tive a possibilidade de acompanhar cinco eleições. Esta última foi atípica.
Surgiram líderes que se impuseram semeando hostilidade, subjugando pessoas politicamente inocentes, ludibriando inteligências. Para Não-Me-Toque foi realmente um jeito novo de fazer política.
Ao apagar das luzes de 5 de outubro, o resultado das urnas reprovou esse jeito de fazer política. Era o que dizia a pesquisa de verdade.

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