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Notícias

7 de junho de 2012

Chuva beneficia culturas de inverno

A estiagem que se manifestou durante todo o desenvolvimento da safra de verão 2011/2012, ainda se apresenta no Rio Grande do Sul às vésperas do início do inverno (21 de junho). A expectativa era de que os agricultores aumentariam suas áreas de culturas de inverno, o trigo especialmente, para buscar um reforço na renda da propriedade e compensar as perdas que tiveram com as safras de milho e soja. No entanto, não é o que está se apresentando neste momento.
O engenheiro agrônomo e coordenador do Departamento Técnico da Cotrijal, Fernando Martins, com base em dados da cooperativa e de entidades ligadas ao setor, contraria a expectativa e anuncia a redução da área.
- Com base em informações de outras cooperativas, podemos afirmar que o Rio Grande do Sul terá redução na área de trigo – afirma.
Martins explica que o produtor teve um ano complicado com as culturas de verão e como o trigo é considerada uma cultura “marginal”, devido à instabilidade das políticas para o setor, ocorre um desestímulo. Quem planta trigo vive uma situação na hora do plantio e outra na hora da colheita. O governo brasileiro não oferece segurança na comercialização.
- A situação do ano passado é um exemplo. O preço estava atrativo na época do plantio. A colheita foi boa, mas o produtor não teve para quem vender – comenta Martins.
Quem escolhe a cevada vive uma situação diferenciada. A área de cevada é definida antecipadamente, com venda futura já acertada, com contrato fechado. Por conta disso, há um limite de área estabelecido pelo único comprador. O produtor planta e sabe que em dezembro pode contar com o pagamento.
De acordo com dados de pesquisa apresentado na Expodireto Cotrijal 2012, quem plantou nos últimos três anos e investiu em tecnologia, conseguiu obter lucro. O trigo só dá resultado para quem planta com toda a tecnologia disponível, porque alcança produtividade acima de 60 sacas por hectare. É o resultado de muita pesquisa e desenvolvimento que colocou no mercado sementes de alta produtividade e com a qualidade que os moinhos exigem.
- Quem só planta para não deixar a área vazia, tem prejuízo. O trigo não é mais uma cultura para quem não usa tecnologia – constata Fernando Martins.
No caso da canola, há uma perspectiva de crescimento em área de plantio e a cultura se encaminha para se tornar uma opção para ocupar as áreas no inverno. Empresas de pesquisas trabalham para o desenvolvimento de sementes mais produtivas, capaz de oferecer rentabilidade ao produtor.

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