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Notícias

19 de julho de 2013

Onde está nossa beleza

Charles Morais

A sociedade atual criou o ideal de “beleza”, onde para ser belo ou bela é preciso estar com um corpinho dentro dos padrões. Mas, que padrões? Quem os criou? É uma fatalidade diária julgar a beleza da pessoa pela sua aparência, pelo seu corpo.
É necessário cuidar do corpo, mas colocar isso como objetivo principal da vida, acaba sendo algo irrelevante, pois nosso corpo diz apenas parte do que somos. Ou melhor, é o cartão de visita, mas o que além dele podemos mostrar? O que além dele podemos apresentar?
Essa padronização moderna de homens e mulheres perfeitas – altura, peso, tipo de cabelo, etc. - tem feito cada vez mais pessoas se sentirem frustradas com a autoimagem e buscarem o homem ou a mulher ideal.
Essa inacabável busca pelo perfeito nos impossibilita de enxergar a vida e as pessoas sinceras que nela habitam.
Somos um contexto, nosso corpo faz apenas parte disso, somos aquilo que pensamos, aquilo que vivemos, nossas escolhas, nosso dia-a-dia, nossas atitudes, nossas palavras, nossa vida. Aquilo que somos não se resume no músculo que temos, ou deixamos de ter.
Existem vários objetivos maiores nessa vida para serem alcançados, além de dois centímetros a mais ou a menos de coxas.
Muitos jovens tomam medicamentos de forma descontrolada para buscar o corpo ideal, colocando muitas vezes em risco sua saúde. Para que?
É necessário saber que precisamos ter mais que um corpo nessa vida, mais do que músculos, mais do que a pele lisinha. É preciso ter caráter, atitudes, virtudes, o hábito - e não a exceção - de sermos honestos, francos.
O que aqui está escrito não é uma crítica às academias, ou a pessoas que trabalham os músculos, apenas quero chamar atenção de que a vida é muito maior do que a conquista inacabável de um corpo perfeito. Poderia ter citado também as clínicas de rejuvenescimento e de cirurgia plástica, sonho de consumo de tanta gente.
Somos perfeitos como somos, a nossa genética, nossa natureza nos fez assim, os outros só poderão nos aceitar, quando nós aprendemos a nos aceitar também.
Aprenderemos a amar outra pessoa, quando nós nos amarmos primordialmente.
Existirá um tempo que aprenderemos identificar o que realmente as pessoas têm de beleza, o que na sua vida é belo? Quais as atitudes que a identificam? O que traz além de corpo? O que traz além de aparência?
Quando a humanidade parar de usar máscaras e mostrar que é possível viver com verdades, teremos outro olhar para a vida e para as pessoas.
Olhe para alguém e aprenda a compreender sua alma e o que ela traz... A janela de nossa alma será sempre nossos olhos.

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