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Notícias

20 de agosto de 2013

O Outro como Outro!

Charles Morais
Presidente da JCI
Acadêmico de Filosofia

Nesta sangrenta sociedade de vícios e desejos, onde todos desejam muito aquilo que sempre lhes falta, as pessoas são sempre incompletas, porque estão à procura de algo que, na verdade, nem sabem o que é. Essa busca desenfreada torna-se mais um vício moderno. Por sinal, é necessário se sentir incompleto.
Desejamos e desejamos afinal o que tanto desejamos?
Estamos viciados de forma cega em futilidades e utensílios que nem sabemos a utilidade. Estamos perdendo o contato com a vida, com tudo que é simples. A raridade fugiu de nossas mãos.
Hoje, esbarrar em atos solidários é extremo, nessa corrida desastrosa, muitos esquecem que existem mais pessoas nesse mundo.
Não é necessária tanta futilidade para ser feliz.
Ao visitar um idoso carente de afeto, percebemos que para ele nosso sorriso é o mundo, nosso carinho é a vida.
Ao estender a mão a alguém podemos estar lhe devolvendo a vontade de viver.
Ao acreditarmos em um sonho e dizermos, olhando nos olhos dessa pessoa, “você é capaz”, com esse gesto simples, podemos estar dando sentido a uma vida, muitas vezes vazia.
Tem pessoas que precisam apenas de um sorriso.
Tem pessoas que precisam apenas de alguém que acredite em seus sonhos.
Todo o dia a todo instante, tem alguém pedindo por socorro, mas nossos ouvidos estão ocupados com fones, não temos tempo.
A humanidade corre de olhos atados atrás de desejos e vícios, enquanto almas carentes ao nosso lado querem apenas atenção.
Acreditemos, as pessoas precisam ser reconhecidas, a humanidade tem mais fome de reconhecimento do que de alimento.
Reconhecer o outro como outro e não apenas como qualquer um, já é um sinal que as lentes de nossos óculos não estão sujas e que existem mais pessoas, além de nós nesse estrondoso mundo.
Somos autônomos para escolher o que acharmos que devemos fazer ou como agir, portanto devemos ser autônomos, também, para acordar e notar que vivemos em uma sociedade, e em um mundo e tudo o que está aqui não foi feito exclusivamente para nós.
Se pararmos de construir grades em volta de nossa alma, e em torno de nós mesmos, conseguiremos enxergar coisas mágicas em fatos simples, no cotidiano, no dia a dia.

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