29 de novembro de 2013

Somos criaturas frágeis

Margarete Bin

Assisti a um casamento, ao participar da cerimônia surgiu o conteúdo para a crônica. Basta a noiva entrar e nossa inteligência emocional “não rola”. A saída é pensarmos em outra coisa e tirarmos o foco daquela situação para evitar que lágrimas escorram e nos deixem borradas. Alguns ainda aproveitam o embalo da emoção da hora para lacrimejar por outros motivos. Mas convenhamos que a música, muitas vezes, não ajuda, a melodia é de tristeza e não de um momento feliz. Claro que não estou dizendo para os noivos serem adeptos a partir de agora de pagode, funk, mas uma musiquinha mais animada sempre ajuda a entrar no clima.
Também não há como negar que somos vulneráveis a beleza estonteante da noiva (não há noiva feia) e o noivo nos comove com a forma que se apresenta: mescla de calor com desespero. E além de contarmos com os protagonistas dessa história, há coisas que realmente merecem nossa atenção e nós ou percebemos e não nos importamos ou talvez não notamos
Um exemplo disso é que dificilmente não encontramos um bebê a entoar o “seu musical”. Neste casamento específico a que assisti, uma criança alternava choro com gritos pela igreja durante o sim dos noivos. Estes, já apreensivos pelo momento sussurravam as palavras, mesmo tendo o auxílio do microfone, assim supomos que na hora do sim tenha sido realmente proferido um sim, digamos que o nenê não estava colaborando...
Outro ponto que merece destaque e contribui para que os sentimentos aflorem é a decoração, esta não passa despercebida, já que as flores nos comovem. Mas se tiver uma vela acesa junto ao arranjo, foi-se nossa atenção, pois a preocupação é com a vela, pois geralmente tem uma que não ficou bem colocada e está prestes a se estatelar.
Por ora é isso, veja que ainda não cheguei na parte da festa, o que me dará subsídios para outros textos...

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