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Notícias

27 de dezembro de 2013

Clima castiga lavouras de milho e as pastagens

A estimativa otimista de que esta seria uma boa safra para o milho, definitivamente, não vai ser concretizada. As chuvas que foram regulares e abundantes desde o plantio das lavouras deixaram de cair no mês de dezembro e as perdas já são irreversíveis.
As altas temperaturas aliadas ao tempo seco aumentam o déficit hídrico das plantas. Os produtores da região do Alto Jacuí do Estado gaúcho estão há trinta dias sem chuvas significativas e já se estima perdas de 50% da produção de milho. Neste mês, choveu apenas 35 milímetros na região, sendo que a média climatológica é de 130 milímetros. A previsão de chuvas para o Estado não passa de 35 milímetros para os próximos dias.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, Maiquel Junges, observou que esta é a terceira safra frustrada para quem planta milho. Em 2011 ocorreu uma grande estiagem que prejudicou milho, soja e leite. Em 2012 ocorreu geada e obrigou o replantio do milho. Agora a falta de chuva volta a prejudicar a cultura.
- Temos produtores muito desanimados com relação ao plantio de milho. Mesmo sabendo da necessidade de fazer a rotação de cultura a cada três anos, é possível que mais produtores deixem de plantar milho na próxima safra – comentou Maiquel Junges.
A área de milho que ocupava uma média de 30% das lavouras de verão vem diminuindo nos últimos anos, em função da quebra na produção e do custo elevado de plantio.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater, o milho encontra-se em desenvolvimento vegetativo em 34% da área já plantada, floração 30% e enchimento de grãos 26%. O efeito de falta de água, associado à produção de grãos, é particularmente importante em três estágios de desenvolvimento da planta. Dois dias de estresse hídrico no florescimento diminuem o rendimento em mais de 20 %, quatro a oito dias diminuem em mais de 50%.
Outros prejuízos com a falta de chuva ocorrem com as pastagens que fazem falta para o gado leiteiro. Segundo Maiquel Junges, no município de Victor Graeff, existem lavouras de milho que já estão sendo cortadas para ter aproveitamento de silagem, porque a produtividade está comprometida em relação aos investimentos realizados.
A variação do preço médio da saca de 60 kg de milho foi de -0,26%, ficando em R$ 23,41 pagos ao produtor.

Soja
O plantio da soja se encaminha para o final, atingido 90% da área projetada para este ano no Rio Grande do Sul, faltando finalizar no Sul e Campos de Cima da Serra. O levantamento da Emater aponta que as sementes germinam bem, havendo bom stand inicial de plantas. O padrão da lavoura da soja também vinha sendo considerado bom, predominando (87%) o estágio de desenvolvimento vegetativo, no entanto, a falta de chuva já prejudica o desempenho da potencialidade total das sementes. Várias lavouras de soja são monitoradas para a captura de mariposas e para a coleta de larvas para identificação da lagarta Helicoverpa. Quanto à comercialização, a semana foi considerada normal, com a saca de 60 kg sendo cotada, para o produtor, em R$ 66,21.

Previsão
Desde ontem, o padrão de chuvas mudou na região Sul do Brasil. Nuvens mais carregadas voltaram a provocar chuvas mais intensa em pontos isolados. As chuvas ocorreram no norte e noroeste do Rio Grande do Sul. No restante do Estado gaúcho, mais uma vez o tempo firme e com baixa umidade do ar predomina. Em relação às temperaturas, o calor segue intenso, com máximas ficando próxima dos 40ºC no Rio Grande do Sul, e com grande sensação de abafamento.
Na sexta, são esperadas chuvas generalizadas sobre todo o Rio Grande do Sul, em forma de pancadas, podendo vir com trovoadas e ventos fortes. Apesar disso, não é esperado grande acumulado de chuva de uma maneira geral, porém em alguns pontos isolados ela pode ocorrer com maior intensidade.
No Rio Grande do Sul, as temperaturas se mantêm elevadas, em especial sobre o centro e sudoeste do Estado. Até o dia 31, são esperadas chuvas generalizadas sobre o Rio Grande do Sul. De acordo com a Somar Meteorologia, a previsão em Não-me-Toque é de chuvas de 1º a 5 de janeiro, com acumulado superior a 150 milímetros, com temperaturas dentre 16 e 30 graus.

TAGS: perda, milho, clima

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