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Notícias

28 de fevereiro de 2014

Efeito do fungicida pode ter potencializado ação do clima nas plantas

A queda de folhas da soja em lavouras do Noroeste do Estado preocupa os produtores quanto a possíveis perdas na safra. Os danos na planta foram notados durante o período de forte calor que assolou a Região Sul do Brasil no mês de janeiro até meados de fevereiro. A primeira reação veio dos produtores que aplicaram o fungicida Fox, da Bayer.

O departamento técnico da Cotrijal vem monitorando as lavouras dos associados para levantar a extensão dos danos. O coordenador técnico Fernando Martins disse que não há como afirmar a extensão dos danos e também de precisar a causa principal.
- A fitotoxidade é pertinente dos fungicidas, assim como o efeito do clima sobre a planta deve ser levado em consideração – afirmou cauteloso.
Martins lembrou que ocorreu um déficit hídrico nos meses de janeiro e fevereiro e as temperaturas registradas ficaram próximas a 35°, com sensação térmica ao redor dos 50°, numa sequência de vários dias neste período. Também é preciso levar em consideração, segundo o técnico, que as plantas paralisam as funções fisiológicas a partir dos 32° de temperatura.
- Na Cotrijal nós estamos monitorando todas as lavouras que utilizaram o fungicida da Bayer para fazer uma avaliação no final da colheita. Por enquanto não é possível afirmar com certeza que o efeito de “queimada” seja unicamente do uso do fungicida – esclarece Fernando Martins.
A equipe do departamento técnico da Cotrijal visitou lavouras dos associados que usaram diferentes marcas de fungicida constatando o mesmo problema. Também encontraram lavouras prejudicadas com áreas próximas à matas que não apresentam danos. Tudo isso está sendo observado e vai servir de base para a tomada de decisão após colheita, quando se configura de fato as perdas.

Farsul define ação

Através da Farsul, presidentes dos sindicatos rurais do Estado estão discutindo com dirigentes da Bayer os danos causados às lavouras de soja. Uma reunião ocorreu na segunda-feira (24). Estiveram presentes o diretor de estratégia de culturas e portfólio, Mauro Alberton, e técnicos da Bayer. Os representantes dos produtores devem apresentar um levantamento mais concreto sobre as perdas e a Bayer ficou de dar uma resposta à Farsul na quinta-feira (27).
Por enquanto não há qualquer posição de enfrentamento, afirmou Carlos Speroto, presidente da Farsul. A intenção da federação é reunir informações para nortear as negociações de forma a buscar a solução do problema. Os sojicultores estão convictos de que um acordo é o melhor caminho, mas não descartam levar o caso à Justiça.
O presidente do Sindicato Rural de Não-Me-Toque, Willibrordus van Lieshout, está orientando os produtores associados a realizar um laudo técnico, inclusive com fotografias, e aguardar a decisão da Farsul. A estimativa do sindicato que atende Não-Me-Toque, Victor Graeff e Lagoa dos Três Cantos é de que 25% das lavouras de soja tenham sido afetadas.
Em nota, a Bayer informa que há três anos comercializa o Fox no Brasil. A multinacional orienta os agricultores a procurarem a empresa para receber assistência pelo telefone 0800-0115560.

A lavoura de Alberto Souilljee, em Chapada, foi uma das afetadas

TAGS: fox, produtores, soja

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