28 de março de 2014

Dengue: cresce proliferação do mosquito

Autoridades sanitárias estão em alerta pela rapidez com que a infestação pelo mosquito transmissor da dengue avança na região e pela proximidade com municípios onde foram registrados casos da doença.
Em Não-Me-Toque, que conta com seis agentes de campo, até março foram contabilizados 36 focos do mosquito. Em 2013, durante todo o ano foram encontrados 31 focos e em 2012 apenas 13. Os locais onde mais são encontradas larvas do inseto são caixas d’água, pneus, piscinas plásticas, tonéis e pequenos recipientes em depósitos de lixo, o que revela a pouca preocupação da população com o risco real de uma epidemia. Basta o mosquito picar uma pessoa infectada para passar a ser transmissor da doença que é grave e até motivo de óbito.
Não-Me-Toque deve contratar mais agentes para ampliar o controle pois, devido ao aumento no número de imóveis, a equipe está demorando mais tempo para retornar aos locais para verificar a adoção das medidas solicitadas em cada ponto de infestação.
No município de Carazinho, foram encontrados mais de 60 focos somente no primeiro trimestre de 2014, enquanto em 2013 foram encontrados 160 criadouros. Erechim registra casos da doença e Ubiretama é o município com maior número de pessoas infectadas.
Segundo o secretário de Saúde de Não-Me-Toque, Marco Costa, o controle está sendo difícil pelo descuido com os locais onde há água parada.
- O tempo entre a fase de ovo até o nascimento do mosquito é de apenas 10 dias e neste período chuvoso multiplicam-se os locais propícios à proliferação do mosquito. É muito importante que cada morador faça uma vistoria no seu imóvel e auxilie na conscientização de todos - destaca o secretário, apelando pela ajuda da população.
Dentre as ações desenvolvidas no município estão: palestras nas escolas, distribuição de material informativo, aplicação de larvicida, campanhas de recolhimento de lixo e a realização do dia de combate a dengue no mês de novembro. A campanha permanente de conscientização é feita através dos meios de comunicação e orientação pelos agentes de combate a endemias.
A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Liliane Erpen, lembra que a dengue é uma doença epidêmica e caso um pessoa infectada transite pelo município, a chance de desenvolvermos uma epidemia de difícil controle é alta, além de considerar que a dengue em suas formas mais violentas pode matar em poucos dias.

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